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Deu a louca

Menino pede PFC ao completar 6 anos

Se um garoto pedisse de presente de aniversário de 6 anos a assinatura do pacote de pay-per-view do Campeonato Brasileiro, […]

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Pedro, de 7 anos, tem paixão por futebol incomum para a idade (Fotos: Verminosos por Futebol)

Se um garoto pedisse de presente de aniversário de 6 anos a assinatura do pacote de pay-per-view do Campeonato Brasileiro, o Premiere Futebol Clube (PFC), seus pais teriam motivos para ficar preocupados. Para os pais de Pedro Banhos de Castro, de Fortaleza, esse foi apenas mais um caso que ilustra a incrível e precoce paixão do menino por futebol.

Não é exagero. Diferentemente dos coleguinhas, Pedro não assiste desenho animado. Até assiste, mas curte mesmo é ver a programação dos canais esportivos, como ESPN, SporTV, Fox Sports e BandSports. Qualquer futebol captura atenção do menino. “Até mesa-redonda”, surpreende-se o pai, o empresário Cleiton de Castro, de 46 anos.

Quem não gosta nada disso são os irmãos, Júlia, de 9, e Luca, de 4, que, lógico, preferem canais infantis como Disney e Cartoon. “É muito chato”, comenta Júlia. “A gente precisa pedir ao Pedro para dar a vez para os outros também”, relata a mãe, a designer Meg Banhos, de 42.

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Pedro, ao lado dos irmãos Luca e Júlia. Desde os 4 anos, todo aniversário é temático de futebol. A pedido dele

Se não impor limites, Pedro fica o dia inteiro com a TV ligada. Claro, nos jogos ao vivo ou “ao morto”, como ele chama as inúmeras reprises durante a programação. Certa vez, o garoto abriu mão de ir ao aniversário de um amigo. Tudo porque na TV passaria duelo decisivo do Atlético-MG na Libertadores. Coisa de louco!

Questionado sobre seu time de coração, Pedro diz que é torcedor do Atlético-MG, do Grêmio, do Santos, do Fortaleza… O vínculo varia de acordo com o “clube do momento”. Por isso, há um carinho especial pelo Barcelona. “Gosto do Messi e do Neymar”.

A gente precisa pedir ao Pedro para dar a vez para os outros também”. Meg Banhos, referindo-se a disputa com os irmãos entre os canais esportivos e infantis.

Tanto tempo ligado em bola garantiu a Pedro um considerável conhecimento sobre futebol. Inclusive, incomum para um garoto de sua idade. “Uma vez, durante um jogo na TV, ele fez um comentário sobre as equipes que pouco depois o comentarista repetiu. Foi impressionante”, conta Cleiton, torcedor do Atlético-GO.

– Quem é o líder da Série B? – o pai pergunta.
– Palmeiras. – responde Pedro.
– Essa é fácil. E quem é o líder da Série A?
– Cruzeiro.
– O 2º?
– Grêmio.
– O 3º?
– Botafogo.
– O 4º?
– Atlético-PR.
– Diz um jogador do Atlético-PR.
– Paulo Baier.

Depois de o pai citar uma série de times brasileiros e europeus e o menino dizer pelo menos um jogador de cada equipe (inclusive do Goiás!), resolvo testá-lo:

– Que camisa é essa? – aponto para o modelo retrô da Portuguesa que eu vestia.
– De Portugal.
– Não é seleção, é time… – dou a dica.
– É da Portuguesa. – conserta.
– Quem joga na Portuguesa?
– O goleiro Lauro.
– O que fez um gol?
– É, de cabeça.

É brincadeira…

Uma vez, durante um jogo na TV, o Pedro fez um comentário sobre as equipes que pouco depois o comentarista repetiu. Foi impressionante”. Cleiton de Castro.

A memória de Pedro vence até mesmo os dois adultos. Em certo momento, o pai fala sobre o jogo da Copa das Confederações em que levou o filho, Espanha x Nigéria, no Castelão. Quando Cleiton se referiu ao goleiro como Casillas, a correção veio de bate-pronto:

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Pedro (na parede decorada do quarto) nasceu antes dos 7 meses de gestação, em 2006. Rasgou a placenta, por estar enlaçado no cordão umbilical. “Sentia os chutes”, conta Meg. O deslocamento da placenta foi de 17cm, quando 4cm já representam perigo de morte a mãe e a criança. “Foi um milagre”, define Cleiton

– Quem jogou foi o Valdés. – intrometeu-se. Também estive no jogo, mas confesso que fiquei na dúvida. Melhor confiar no ferinha!

Naquele dia, Pedro pediu ao pai para deixar o Castelão antes do fim da partida. Ele queria, acredite se quiser, jogar bola. O desejo, talvez, foi despertado ao ver o desfile de craques. Na verdade, desde cedo o garoto adora jogar futebol, na sala do apartamento.

Os móveis são afastados e a janela vira a trave. A bola não cai lá embaixo porque há uma rede. Bolas, por sinal, Pedro tem 8. Com elas, desenvolveu um jeito próprio de jogar sozinho. O garoto chuta a bola na parede e, na volta, cabeceia em direção a janela. Coisa de quem sabe. E ele sabe mesmo.

Pedro vem sendo considerado um pequeno talento na escolinha de futsal, no BNB, onde treina três vezes por semana. Lá, ele é chamado de “menino Messi”. De quebra, ainda joga futebol de campo, em outro dia da semana. Com habilidade tão fascinante quanto a paixão por ver futebol na TV, é capaz de chutar com os dois pés com a mesma desenvoltura. “Sou ambidestro”, gaba-se o garoto.

Volta e meia, Pedro brinca de narrar os próprios gols. O estilo é de seu narrador preferido. “Olha a batiiiida!”, imita antes de chutar a bola contra a janela. Quem sabe será o próprio Milton Leite a narrar seus gols daqui a uma década. Guarde o nome dele.

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