Tonico Pereira é maior ídolo do Goytacaz
O maior ídolo do Goytacaz, clube de Campos dos Goytacazes (RJ), não é – nem foi – um jogador. O […]
O maior ídolo do Goytacaz, clube de Campos dos Goytacazes (RJ), não é – nem foi – um jogador. O time já contou com dois campeões do mundo em início de carreira, Didi e Amarildo. Mas é um ator a figura mais respeitada pela torcida alvianil: Tonico Pereira, o Mendonça de A Grande Família.
O seriado da TV Globo serviu para popularizar nacionalmente a relação do ator com o clube, apontado como dono da sexta maior torcida do futebol carioca, depois dos quatro grandes e do América. Na cidade-natal, todo mundo já sabia faz tempo que Tonico, atualmente com 64 anos, é um fanático torcedor do Goyta.
Mesmo a residência no Rio de Janeiro não afastou Tonico dos jogos do Goytacaz. Ele está sempre presente. “Às vezes me olham na dúvida se sou eu mesmo”, diverte-se o ator. O reconhecimento disso veio por parte da diretoria do clube, que batizou setor do estádio Ary de Oliveira e Souza como Arquibancada Popular Tonico Pereira.
Ary foi tio-avô do torcedor. A paixão pelo time veio na infância, quando morava em Campos. A maior alegria foi quando viu, aos 10 anos, a seleção brasileira ser campeã do mundo, em 1958, com um ex-jogador do Goytacaz como líder. Didi, conterrâneo de Tonico, jogara no time entre 1945 e 1946.
Quatro anos depois, foi a vez de Amarildo, também natural de Campos e revelado no Goyta em 1956, levar o escudo do clube à conquista pela seleção. “Melhor ainda que o primeiro título, na Suécia, foi com o mesmo azul do Goytacaz”, ironiza o ator. Cor de camisa que serve pra provocar os rivais Americano e Rio Branco.
Aos 18 anos, Tonico se mudou para o Rio de Janeiro. Juvenil do Goyta, ele se inscreveu em teste no América, mas se encaminhou para o teatro. Nas artes, tinha mais talento para brilhar. Porém, o futebol não ficou longe do trabalho, especialmente no A Grande Família.
É um amor sofrido, mas correspondido”. Tonico Pereira.
Mendonça, o personagem, também é torcedor do Goytacaz. Na sala da repartição pública, a bandeira marca presença. O sucesso do seriado garantiu mídia ao clube, afastado da elite do futebol carioca desde 1992. A contrapartida foi a série de homenagens da torcida azul e branca. Para ela, Tonico é uma espécie de “ídolo sem chuteiras”.
Perfil
Nome: Goytacaz Futebol Clube
Fundação: 20/8/1912
Estádio: Ary de Oliveira e Souza (próprio), de 15 mil lugares
Cidade: Campos dos Goytacazes (RJ)
Competição: 2ª Divisão do Campeonato Carioca
Títulos: 2ª Divisão do Carioca (1982), 3ª Divisão do Carioca (2011) e vice-campeão da Série B do Brasileiro (1985)
Site: www.goytacaz.com.br
Tonico Pereira fala sobre a paixão pelo Goytacaz:
Discurso emocionado de Tonico Pereira:
14 respostas para “Tonico Pereira é maior ídolo do Goytacaz”
Deixe um comentário
// Categorias
// Histórico de Publicações
// As mais lidas
-
1
Colecionador monta brechó de camisas de futebol em feira do Rio de Janeiro
-
2
Walking Football: Já existe um futebol próprio para idosos
-
3
Brasileiro visita os 7 estádios de Londres na Premier League num único dia
-
4
Projeto cria mascotes para 150 clubes cearenses por meio de Inteligência Artificial
-
5
Clube com nome do papa João Paulo II sobe para a 1ª divisão do Peru
-
6
Com América, Rio Branco e Stella, projeto Mantos Alencarinos lança 4º lote de camisas retrô
-
7
Jornalista visita todos os estádios da cidade de São Paulo em 1 dia
-
8
Torcedor tem mais de 100 camisas do Lemense, pequeno clube paulista
Fora isso está mto bom. Lembro de um episódio no qual o mendonça troca de lugar com Lineu, pq sua mãe iria visitá-lo e não poderia saber que ele não tinha família. Aí todos da Grande Família viraram torcedor do Goytacaz.
Tenho que conseguir esse episódio. Foi de que ano?
Foi em 2012, se não me engano.
Só uma correção, futebol carioca é só na capital do RJ. O correto aí seria “futebol fluminense”.
Tem razão, Dario. É que é muito esquisito dizer o termo “fluminense” quando um dos times é o Fluminense. Não à toa, os próprios veículos do Rio chamam o campeonato de “Carioca”, e não “Fluminense”. Um abraço!
Rafael, independente de qualquer equívoco, o que é normal, no caso do Americano, o seu site é muito bom. Tem informações preciosas sobre o Lado B do Futebol. Só em saber que vc deu destaque ao Goytacaz, que apesar de não ser meu time, mas não tenho nada contra, muito pelo contrário, até torço a favor; e lembrar da minha cidade que amo tanto. Só isto, já vale. Quando eu tiver alguma coisa que ache interessante do Lado B do Futebol, que me interessa e muito, te mando. Vou colocar um link para o seu site no meu blog, o “Estrela Solitária no Coração
“! Um abraço e saudações futebolísticas!
Então, Rafael. Confirmei com o Péris Ribeiro agora – acabei de ligar e falar com ele ao telefone – e Didi, realmente, jogou no Goytacaz e também no Americano, mas só amistosos contras times do Rio, como Madureira, Olaria e São Cristóvão, que vinham a Campos enfrentar os times daqui, que se reforçavam, faziam um selecionado e neste eram convocados um Didi, por exemplo, que estava em início de carreira e já despontando. Mas seu vínculo maior mesmo foi com o Rio Branco.
É Wesley, sabia que Didi tinha jogado, mas não a importância desses jogos. Vou ajustar o texto. Obrigado pelas observações. E siga visitando o Verminosos. Um abraço!
Rafael, que eu saiba Didi nunca jogou no Goytacaz. Só se foi amistoso. Vou confirmar isto com o biógrafo dele. Sobre o fato do Americano ter tido um jogador convocado tem mais importância ainda pelo fato do jogador estar atuando no Americano quando foi convocado. Devo destacar que não sou nem Goytacaz, nem Americano. Em Campos torço para o time que leva o nome da cidade, sobre o qual escrevi um livro, o “Saudosas Pelejas”. O “Roxinho”, como é chamado, abandonou o futebol profissional desde 1989 e agora só disputa competições amadoras de categoria de base.
Wesley, tenho um perfil de Didi que diz que, ainda como amador, o jogador atuou no Rio Branco (em 1945), Goytacaz (1945 a 1946) e Americano (1946), antes de se profissionalizar por este terceiro clube, em 1946. Os três times, claro, da cidade-natal de Didi. O próprio Tonico Pereira destaca que um dos orgulhos em 1958, quando ele tinha 10 anos, era o fato de que um ex-jogador do Goyta estava sendo campeão mundial.
Tem outros erros na matéria. O Rio Branco foi quem revelou Didi. E o Americano teve sim um jogador convocado para uma Copa do Mundo, Poli em 1930.
Esse registro sobre o Americano é necessário mesmo. Obrigado!
Muito boa a matéria. Só uma correção: O Didi não jogou no Goytacaz. Em Campos, ele jogou no Industrial e no Rio Branco.
Oi Wesley, Didi jogou no Goytacaz antes de se profissionalizar. O próprio Tonico destaca isso como orgulho do clube. Eu não disse que Didi foi revelado pelo Goyta, disse que ele esteve lá em início de carreira. De fato, seu primeiro clube foi o Rio Branco, o único time de camisa rosa do Brasil. Quem foi revelado no Goytacaz, isso sim, e está dito, foi Amarildo.