Torcedor do Bangu ainda espera camisas
A foto de um apelo virou meme da internet. E tornou Arilson de Oliveira famoso em Barra do Piraí-RJ
Quando Arilson de Oliveira chegou em casa, a surpresa. Haviam furtado de sua casa vários bens, como TV, DVD, relógios e roupas. Nada incomodou tanto quanto a perda de três camisas e uma bandeira do Bangu. Chateado, ele amarrou uma faixa nas grades de casa, pedindo ao ladrão para que devolvesse as peças do time de coração. Dois anos depois, ainda está à espera.
A foto do apelo curioso virou um meme da internet. E tornou Arilson ainda mais famoso em Barra do Piraí-RJ, cidade de 100 mil habitantes localizada a 100 km do Rio de Janeiro. Para localizá-lo, bastou ao Verminosos por Futebol um telefonema aleatório. Fulano conhecia Sicrano, que era amigo de Beltrano, que tinha o contato da esposa do torcedor do Bangu.
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“Essa faixa teve uma repercussão danada”, relata Arilson, que conhece somente outros dois banguenses em Barra do Piraí. “Tem gente aqui que diz que não sabe quem é o presidente do Bangu, quem é o técnico, o nome de pelo menos um jogador, mas que conhece um torcedor. É engraçado”, diverte-se o empresário de 42 anos, proprietário de uma padaria.
Ex-jogador de futebol com passagens por Madureira e São Cristóvão e por times da Indonésia e do Peru, o carioca se mudou para a cidade há oito anos, quando pendurou as chuteiras. Em janeiro de 2013, sua casa foi alvo de furto. Entre os itens roubados, estava a camisa do centenário do Bangu, presente do pai.
“Quando vim de férias da Indonésia em 2004, meu pai me comprou a camisa do Bangu daquele ano, mesmo sendo um assalariado. Ele morreu em 2011, então a blusa era um dos bens mais valiosos para mim”, conta o carioca, torcedor desde 1985, quando tinha 12 anos. Diante do desinteresse da polícia em investigar o caso, ele resolveu agir por conta própria.
“Tem gente de Barra do Piraí que não sabe quem é o presidente do Bangu, quem é o técnico, o nome de pelo menos um jogador, mas que conhece um torcedor”. (Arilson de Oliveira)
Mesmo com a faixa, nada foi devolvido. No ano passado, porém, Arilson teve a oportunidade de saber mais sobre o autor do roubo. Casualmente, sua esposa, a indonésia Ernawati, deparou-se um senhor vestido com uma das camisas. Corajosa, ela disse ao homem que seu marido é louco pelo Bangu, e que teria interesse em comprar a blusa.
“Quando tinha 12 anos, o Bangu era uma máquina. Em 1985, Marinho era o melhor jogador, e chegou à seleção. Coincidentemente, descobri que ele fazia aniversário no mesmo dia que eu. Desde então não torço outro time”.
“Quando o homem foi à padaria, contei toda a história do roubo. Ele ficou preocupado, porque trabalhava numa firma e estava a 10 meses de se aposentar”, relembra Arilson, que recebeu a camisa de volta. De acordo com o senhor, quem a repassou tinha sido um rapaz com passagem pela polícia. “Resolvi deixar pra lá, não fui atrás”.
Até aquela época, Arilson costumava ir a quase todos os jogos do Bangu em casa, deslocando-se 250 km ida e volta até o estádio de Moça Bonita, na capital. A presença constante e o alarde nos programas esportivos e policiais de TVs do Rio de Janeiro, no entanto, pouco impactaram o clube. “Ninguém me procurou, e fiquei triste com isso”.
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Como a esperança é a última que morre, Arilson ainda torce que um dia reencontre a bandeira e as camisas, incluindo a preferida, do centenário. “Eu ficaria muito feliz”, imagina. Seus amigos, sensibilizados com tanta paixão, reforçam o pedido. “Senhor ladrão, devolve a camisa aê!”
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www.verminososporfutebol.com.br/dica-cultural/serie-desbravou-times-pequenos-do-pais
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gente boa , jogamos juntos num time amador, em iraja, o novo horizontino.eu na lateral direita ele de meio campo , jogava muito esse cabra ,antes de começar os jogos ele me falava, admilson abre la na lateral , joga aberto que eu vou virar pra vc.bons tempos.
Tremenda sacanagem que fizeram com o meu amigo, todos na cidade sabem da sua paixão pelo
Bangu!