Tospericargerja: louca homenagem ao tri
Amazonense batizou o filho, em 1971, com as primeiras letras de seis jogadores do Tri
Dia 21 de junho de 1970, Cidade do México: a seleção brasileira virava sinônimo de futebol-arte. Dia 19 de julho de 1971, Tefé, Amazonas: nascia aquele que representou a mais original homenagem ao tricampeonato mundial. Na certidão, ele ganhou um nome impronunciável, quase inacreditável: Tospericargerja da Silva Torres. Inspiração não em um só craque, mas logo seis!
É preciso unir as primeiras letras para entender: “Tos” de Tostão, “pe” de Pelé, “ri” de Rivelino, “car” de Carlos Alberto, “ger” de Gérson e “ja” de Jaizinho. Por coincidência, o sobrenome da família é o mesmo do capitão Carlos Alberto. Para simplificar, hoje em dia ele atende por Torres.
No passado foi bem diferente. No colégio, era chamado de Tos, Peri, Tosperi, Gerja. Pensavam que era um nome indígena, comum no Amazonas. “A época de infância foi formidável. Muita gente pegava no pé”, conta Tospericargerja, de 41 anos, técnico em patologia clínica em Manaus.
O batismo foi um misto de criatividade do pai Oder e pouca resistência da mãe Odília. Na internet, virou referência sobres nomes estranhos. Os ídolos, claro, se divertem. “Foi uma grande homenagem, à altura daquele time fantástico”, comenta Rivelino.
Encontrar Tospericargerja não foi difícil para o Verminosos por Futebol. Já sabendo que ele trabalha num laboratório, o e-mail foi disparado para vários contatos da secretaria de saúde estadual. Um deles deu retorno, com o telefone do trabalho do personagem. “Todo mundo conhece o Tospericargerja”, assegura a atendente do posto.
“A época de infância foi formidável. Muita gente pegava no pé”. (Tospericargerja Torres)
Tanta fama não é à toa. Tospericargerja já foi tema de matérias na TV Globo, ESPN Brasil, revista Placar, dentre outros. “Fui entrevistado por jornais locais e nacionais, rádios, televisão e revistas, por telefone, pessoalmente e agora por e-mail”, gaba-se.
Seu nome é complicado, mas podia ter sido ainda mais. Durante a gestação, outras combinações geravam esquisitices. Como Rodabrifeclo, junção das primeiras letras de Roberto (Rivelino ou Miranda), Dadá, Brito, Félix e Clodoaldo. Jogadores que acabaram ficando de fora da homenagem.
Bem que esse podia ter sido o nome de um irmão, mas Oder parou por aí. Já Tospericargerja, mesmo sendo um fanático flamenguista, preferiu não saudar os ídolos através de seus filhos. Apesar de tantas confusões durante a vida, ele não lamenta a loucura do pai. “Nunca pensei em mudar meu nome”, garante. Afinal, esse não é um nome qualquer.
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Olá, tudo bem..?
Poderia me conseguir o vídeo da entrevista aqui em Manaus.
Fico no aguardo.
Grato pela atenção..!