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Otoniel, craque do colégio que não vingou

Veja a história de Otoniel, o amigo de colégio que era considerado um craque entre os colegas, mas que virou […]

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Veja a história de Otoniel, o amigo de colégio que era considerado um craque entre os colegas, mas que virou um jogador comum no futebol profissional

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Otoniel, o Tony, 2º agachado da esquerda pra direita, campeão cearense de 2002. No ano anterior, ele fora campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior, pelo Roma de Barueri (Foto: Divulgação)

Otoniel era um ídolo palpável para muitos, no fim da década de 1990, no extinto colégio Marista Cearense. Talento acima da média, ele fazia parte da seleção de futsal do colégio. Defendia o Sumov, que naquele tempo ainda era potência, e tinha como jogada característica uma dancinha diante da bola quando atacava. Todos queriam tê-lo no time em rachas ou torneios internos.

Ao despontar no Uniclinic, onde integrou as categorias de base, Otoniel recebeu um convite do técnico Marcelo Vilar. Junto com os irmãos Evanardo e Ednardo, que mais tarde seriam profissionais no Itapipoca, disputou a Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2001, pelo Roma de Barueri. Acabou sagrando-se campeão, em final contra o São Paulo, no Pacaembu, título que poucos cearenses já puderam almejar.

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Depois do início de carreira no Uniclinic, Tony teve passagem por diversos clubes do Nordeste, virando um andarilho do futebol (Foto: Divulgação)

Com o retorno, Otoniel fechou contrato com o Ceará. Passou a se chamar Tony, apelido de melhor sonoridade, e sua posição seria a de volante. Era a realização de um sonho, dele e dos colegas, pois jogaria ao lado de alguns de seus ídolos, como Sérgio Alves, Iarley e Mota. Algo de estranho, porém, aconteceu. O futebol vistoso de outrora sucumbiu.

Em raras oportunidades Otoniel jogou na equipe titular, mesmo assim improvisado na lateral. O máximo que conseguiu foi um cruzamento para gol do costarriquenho David Madrigal, num Clássico-Rei. Quando o Ceará foi campeão cearense de 2002, guardei o poster em que ele está perfilado. Desde então, virou um andarilho, com passagem por mais de uma dúzia de times, a maioria do interior do Nordeste.

Naquele tempo, não conseguia entender o que se passava com Otoniel. Ele teria desaprendido a jogar? É óbvio que não, aprenderia mais tarde. Seu jogo era e sempre será o mesmo. A diferença era o abismo entre futebol amador e profissional, compreendido apenas por quem chega lá. Sua habilidade podia deslumbrar a escola, mas não era suficiente para lhe garantir estabilidade num clube de massa.

Sua habilidade podia deslumbrar a escola, mas não era suficiente para lhe garantir estabilidade num clube de massa.

Todo cronista esportivo é um frustrado que já sonhou em ser jogador de futebol. Ver a trajetória de Otoniel, para infelicidade dele, é um alento a quem não se tornou atleta. O exemplo de meu amigo, hoje com 32 anos, mostra que virar um craque requer muito mais do que ser o melhor jogador do colégio. Requer, talvez, bênção divina.

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Esse texto foi publicado originalmente em 2003, na seção Gol de Letra, do portal Noolhar.com (atual O Povo Online), e republicado em 2012, na coluna Papo de Verminoso, do jornal O Povo, que foram mantidas por este blogueiro.

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www.verminososporfutebol.com.br/jogo-ludico/o-dia-em-que-meu-professor-parou-pele

10 respostas para “Otoniel, craque do colégio que não vingou”

  1. Boa tarde.
    Otoniel não se destacou por conta de empresário. Não tinhao uma pessoa por trás dele pra colocá-lo em campo, essa é a verdade… como você mesmo disse. – o futebol é sujo. Lhe digo, e como é. Hoje está mas claro ainda com esses saits de aposta e jogadores se vendendo. Adolescentes, coloquem uma coisa na cabeça, o que faz jogador é empresário pagando pra você jogar e so depois tirar o dele e o seu, se não tem volta pro racha que é melhor!

  2. o futebol eh uma máfia e nem todo mundo tem a mesma sorte de um Ronaldo. Tem jogador muito pior na mídia, c histórico queimado dentro e fora de campo, jogadores polêmicos que têm sorte, mas não talento. Infelizmente a sujeira dentro do futebol eh grande e as oportunidades não são as mesmas. Enfim, o texto matéria eh de muito mal gosto e mal redigido. Nota se q o autor n conhece nada da pessoa, a n ser o que viu no colégio.

    • Olá Flávia, o texto pode estar equivocado, injusto, porém mal redigido não. É uma crônica, baseada em memórias de colégio. Não se propõe a ser uma biografia do jogador, uma reportagem sobre sua carreira. Mesmo assim, desafio a apontar qualquer trecho que seja uma inverdade. Um abraço!

  3. Todo mundo tem um amigo desses, supercraque no colégio, que raramente vinga no profissional. No Colégio Militar, havia o meia/ala Hugo, um verdadeiro Zidane colegial, jogava de cabeça levantada, com dribles precisos, passes milimétricos e uma visão de jogo incrível. No racha, sempre era o primeiro selecionado. Atuava na Seleção do Colégio Militar de Fortaleza, no time La Coruna (que formou no colégio) e na base do BNB e da AABB, tendo vencido por diversas vezes as Olimpìadas dos Colégios Militares (Regional Nordeste) e seu time jamais havia perdido um único torneio “oficial” no colégio.
    Chegou até a base do Vitória há uns dez anos, mas não passou daí. O “futuro camisa 10 da Seleção” jamais ascendeu ao profissional, mesmo com todo. Nível técniico esbanjado no colégio. Hoje em dia, traballha no Turismo em Salvador. Um grande amigo de infância e adolescência!

  4. alguém comentou comigo um dia que quando o Ceará treinava pela Unifor teve um jogo dos reservas dos reservas do Ceará (que estava numa de suas maiores dragas da história, naqueles tempos sombrios de Alexandre Frota, Sacha Jucá, Eugênio Rabelo, dentre outros) contra os maiores craques da Unifor…

    resultado? 8×0 pros reservas dos reservas do Ceará em 30 minutos de jogo

    essa pessoa me disse que os caras corriam bem mais que os amadores e ficaram brincando durante o jogo todo, o nível era absurdamente diferente

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