Desde que Zinedine Zidane anunciou que deixaria o Real Madrid ao fim desta temporada, o burburinho sobre quem seria o novo comandante merengue estampou os noticiários do mundo inteiro. Periódico como AS, Gazzetta dello Sport, Marca e Jornal Esportes, entre outros, tentaram cravar o futuro técnico do clube. Após idas e vindas, o nome foi definido: Carlo Ancelotti.

O italiano desbancou outros nomes cotados para a vaga, como Antonio Conte, Massimiliano Allegri, Mauricio Pochettino e Xabi Alonso. Até mesmo Raúl, que por décadas usou a faixa de capitão e eternizou a camisa 7 do clube, foi cogitado. Ainda assim, a escolha final foi por Ancelotti, que já conhece a pressão do clube espanhol. Ele assinou um contrato de três anos pelo Real Madrid.

Ancelotti não foi a primeira opção de Florentino Pérez, mas dada a impossibilidade de trazer Allegri e Pochettino, ele optou pelo retorno do treinador italiano, em um acordo considerado rápido por pessoas envolvidas nas negociações, segundo relatos dos jornais Marca e Mundo Deportivo. Ancelotti retorna satisfeito após rescindir amigavelmente seu contrato com o Everton, da Inglaterra.

Carlo Ancelotti liderou o Real Madrid por duas temporadas (2013/14 e 2015/16), nas quais conquistou uma Copa do Rei, uma Liga dos Campeões, uma Supertaça Europeia e um Mundial de Clubes.

Em 2014 conquistou 51 vitórias, um recorde mundial, e de setembro de 2014 a janeiro de 2015, conquistou 22 vitórias consecutivas, com saldo de 80 gols a favor e apenas 10 contra.

Os títulos conquistados na primeira temporada e os recordes da segunda valeram-lhe uma figura de super técnico entre jogadores, torcedores e boa parte da diretoria. Apesar do sucesso, o time se desintegrou na segunda parte da temporada 2014/15. Ele foi substituído por Rafa Benítez.

Com Ancelotti, o Real Madrid traz de volta um treinador experiente, um vencedor que, após deixar o Real Madrid, assumiu trabalhou em equipes como Bayern de Munique, Napoli e Everton.

Com um perfil semelhante ao de Zidane ou Del Bosque, Ancelotti sempre se caracterizou pela capacidade de diálogo com os jogadores. Ainda assim, parte da imprensa afirma que seu jeito bondoso demais faz com que ele perca o vestiário. O apelido de “mão fraca” é uma realidade na Espanha.

Mas ele não se intimida ou leva a sério essas provocações. Ao contrário: o italiano brinca com a alcunha. “Com esta mão fraca ganhei três edições da Ligas dos Campeões da Europa”, afirmou aos jornalistas em sua apresentação.

Agora, Ancelotti começa a reformular uma equipe que precisa voltar a vencer. O treinador italiano tem interesse na contratação do brasileiro Richarlison, com quem trabalhou no Everton. O jogador também interessa ao Barcelona, que na temporada passada ofereceu 85 milhões de libras pelo atleta. A proposta foi recusada pelo clube inglês.

Outro que tem moral com Ancelotti é Vinicius Junior. Segundo a imprensa espanhola, o jovem tem o status de inegociável e será utilizado com frequência no estilo de jogo do italiano à frente do clube merengue. Vini Jr terminou a última temporada em alta com Zidane, e tem tudo para continuar assim com o novo treinador.