Texto de Camila Horcrash.

Eu sempre gostei muito de futebol. Pude prestigiar a Copa do Mundo de 2002, mesmo que muito pequena e tive a oportunidade de fazer minhas escolhas futebolísticas sozinha.

Após a Copa do Mundo de 2010, um conhecido me falou de um campeonato onde eu poderia encontrar um pouco mais dos jogadores da Copa, e foi assim que fui apresentada à Champions League. Me tornei blue, mas meu jogador favorito não era nenhum dos onze do Chelsea.
Meu jogador favorito era Mesut Özil.

Alemão, de origem turca, canhoto e considerado um dos melhores jogadores da Copa de 2010. Não sei dizer bem o que de fato chamou minha atenção nele, pois naquela época já se sabia o nome de Cristiano Ronaldo, Kaká ainda era destaque e haviam mais alguns jogadores que irradiavam beleza. Bem, o fundamento do futebol não tem nada a ver com a beleza física, mas sim como o futebol que o cara joga é bonito de se ver.

Eu pesquisei, conheci Mesut e o pouco que a internet disponibilizava sobre sua vida. Acompanhei o prestígio de jogar no Real Madrid, o declínio de sua saída do time, sua contratação pro Arsenal e o legendário 7 a 1, onde toda população brasileira me odiava por estar sorrindo com a derrota histórica da seleção brasileira.

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Criei empatia por toda a seleção alemã e ficava muito feliz quando Löw não poupava elogios a Özil, dizendo que sua origem turca o fazia ter destaque entre tantos outros jogadores. Comecei admirando o futebol, a forma de jogar e domínio da arte. Passei a admirar a pessoa, o divertido e bastante religioso.

Há quem diga que mulher gostar de futebol é impossível, que só assistimos para vermos as pernas dos jogadores. Somos chamadas de Maria Chuteira o tempo todo. Mas, pra essa ofensa, tenho um argumento: “Meu jogador favorito é o Özil.”

De duas, uma: 1) O cara não sabe quem é o Mesut. 2) O cara conhece o Mesut e tem noção que ele não é o rei da beleza. Então, a discussão tem fim.

Tenho algumas camisetas de futebol e a minha preferida é, sem dúvidas, a do Özil – que sofri pra achar e só uso em ocasiões especiais. Fiz um tumblr para postagens de fotos do meu ídolo e torço todos os dias pra que ele veja minha foto com a camiseta no Instagram. Se Mats Hummels já me respondeu, Mesut um dia irá ver, não é?

> Camila Horcrash, de 20 anos, moradora de São Paulo, é estudante de Psicologia e torcedora do Corinthians.

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