Se o melhor jogador de futebol do mundo é português, o melhor apostador online de futebol do mundo também é. Paulo Rebelo, assim como Cristiano Ronaldo, tornou-se um ídolo para seus pares. Acima de tudo, um exemplo de que é possível reverter os conhecimentos sobre times e seleções em dinheiro. E isso ele já ganhou bastante.

Aos 29 anos, Paulo realizou o sonho de ter uma Ferrari. E hoje vive entre Porto, Madri e Londres, sempre de olho nos jogos em que faz apostas, através de sites do gênero. Há seis anos, ele é um profissional do mundo das apostas online em futebol. Dessa forma, sobrevive do que ganha quando é bem-sucedido nas previsões.

“Nesse ramo é possível ganhar mais dinheiro do que os próprios jogadores”, confidencia Paulo, em entrevista a TVI, de Portugal. Num único jogo, fatura-se até 25 mil euros. Sua estratégia não é só apostar, mas sim comprar e vender apostas dos outros em bolsas, com o jogo rolando.

A lógica é a mesma da bolsa de valores. Para isso, a atenção durante a partida é talvez maior até que dos próprios jogadores em campo. Num único jogo, ele chega a fazer mil ordens de compra e venda, como especulador. “É preciso ler sobre os times, saber os prognósticos e assumir riscos”, ensina.

Popular em Portugal, o mercado das apostas movimenta cerca de 15 bilhões de euros na Europa, o mesmo que todos os outros continentes juntos. Virou uma febre. Isso levou Paulo a se tornar uma celebridade, com direito a dezenas de entrevistas em jornais, sites e TVs. Empreendedor, hoje o apostador possui um site onde oferece aulas em que ensina técnicas.

“Nesse ramo é possível ganhar mais dinheiro do que os próprios jogadores”. (Paulo Rebelo)

Entre as dicas está o controle das emoções, importante seja para quem atua no mercado de apostas quanto na bolsa de valores. “No início apostava naquilo que eu queria que acontecesse, e não naquilo que eu achava que ia acontecer. Apostava sempre que o Benfica ia ganhar”, ri sobre o inicial amadorismo. “Passei a ter maturidade para discernir a emoção da razão”.

Com isso, o apostador deixou a vida simples, assim como a convivência com patrões e expediente padrão. “Fui um dos dez melhores alunos do curso superior de Gestão, e recebi convites para trabalhar em bancos, consultoras, mas nenhuma das empresas conseguia igualar aquilo que eu ganhava”, explicou ao jornal Correio da Manhã, de Portugal.

Paulo não fala quanto já faturou, nem quanto ganha com os cerca de 20 jogos que acompanha mensalmente. Negócios são negócios. Mas já tem sido suficiente para manter estruturas em Madri e Londres, que incluem consultorias sobre as partidas em que vai acompanhar. Tudo muito profissional.

“No início apostava naquilo que eu queria que acontecesse, e não naquilo que eu achava que ia acontecer”.

Antes reticente, a família agora aprova sua atividade, que em Portugal ainda não é regulamentada, diferentemente da Espanha e da Inglaterra. O retorno financeiro mudou a percepção deles. Mesmo assim, quando perguntado sobre o que o filho faz, o pai de Paulo responde simplesmente que ele trabalha com internet. Na dúvida, vai algo bem genérico.

> Você acha que também leva jeito para a coisa? Saca tudo de futebol? Pegue algumas dicas.

TV portuguesa entrevista Paulo Rebelo:

Dicas do apostador para iniciantes: