Saiba mais sobre o Palestino em 11 tópicos
O chileno Palestino é um dos clubes com história mais curiosa no futebol mundial
O Palestino é, de longe, o participante mais alternativo da edição 2015 da Taça Libertadores. Não por ser um dos clubes mais modestos da 1ª divisão do Chile. Ou por ter média de público de somente mil torcedores em seus jogos, no estádio de La Cisterna, em distrito da capital Santiago. Mas sim por suas origens curiosas, relacionadas à comunidade palestina no país.
Para saber mais sobre um dos clubes com história mais interessante no futebol mundial, o Verminosos por Futebol lista 11 tópicos que você precisa saber sobre a trajetória do Palestino. A equipe, que está de volta à Libertadores após 36 anos, disputa a fase prévia da competição, em duelos de ida e volta contra o Nacional do Uruguai.
1) Uma outra Palestina
O Club Deportivo Palestino foi fundado em 1920 por imigrantes palestinos, cuja comunidade residente no Chile é a maior fora do Oriente Médio, de onde fugiu a partir da década de 1850, em virtude de guerras. Calcula-se que 300 mil descendentes de palestinos vivem no país.
2) Rivalidade com imigrantes
Por ser modesto, o Palestino não é considerado rival pelos grandes de Santiago – Colo-Colo, Universidad do Chile e Universidad Católica. Seus rivais tradicionais são Unión Española (fundado por imigrantes espanhóis, em 1897) e Audax Italiano (criado por imigrantes italianos, em 1910), com quem disputa os Clássicos das Colônias.
3) Poucos títulos nacionais
O Palestino foi campeão nacional em duas ocasiões, em 1955 e 1978, e tem também dois títulos da 2ª divisão, em 1952 e 1972. Apesar das poucas taças, o clube disputa a elite chilena desde 1990. Quarta colocada em 2014, a equipe assegurou a vaga na Libertadores de 2015 após vencer o classificatório do torneio, feito que se repete pela 3ª vez.
4) Estádio também modesto
Tão modesto quanto o clube é sua casa. O Palestino joga no estádio de La Cisterna, inaugurado em 1988, propriedade da comuna de mesmo nome, vinculada a Santiago. A capacidade é de 12 mil lugares, mas somente 3 mil são liberados, por medida de segurança. Em jogos contra os três grandes da cidade, o clube opta pelos estádios Nacional e Santa Laura.
5) Cores da Palestina no uniforme
O Palestino veste uniforme com as cores da bandeira da Palestina, desde 2007 fabricados pela empresa chilena Training. Ao longo dos anos, o manto palestino já foi produzido por empresas como Adidas, Uhlsport, Diadora e Le Coq Sportif.
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6) Número da discórdia
Em janeiro de 2014, o Palestino foi punido com multa de 1.300 dólares por trocar a fonte do número 1 de seu uniforme pelo mapa da Palestina antes da criação de Israel. Após protesto do presidente do Ñublense, Patrick Kiblisky, de origem judaica, a federação chilena decidiu banir o uniforme, por proibir atos políticos e religiosos no futebol.
7) Apoio financeiro de suas origens
Apoiado pelo estado da Palestina, o clube é patrocinado desde 2009 pelo Bank of Palestine, uma das principais empresas do território árabe. Na luta pela classificação para a Libertadores, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, enviou uma mensagem de apoio ao elenco antes do jogo decisivo, vitória de 6 a 1 sobre o Santiago Wanderers.
8) Jogos transmitidos na Palestina
Popular na Palestina, o clube terá seus jogos contra o Nacional do Uruguai transmitidos pela rede de TV árabe Al Jazeera, programados para os dias 5 e 12 de fevereiro. A classificação para a Libertadores rendeu destaque na imprensa palestina. Por isso, em homenagem às suas origens, o Palestino incorporou o mapa polêmico às camisas.
9) Bandeira da Palestina hasteada
A ligação do Palestino com a Palestina é exposta por uma bandeira que está sempre hasteada no estádio de La Cisterna, acima do placar. No intervalo, o clube toca músicas árabes. No passado, torcedores também usavam timbales, um instrumento de percussão típico, atualmente proibidos pelos órgãos de segurança.
10) Seleção formada por estrangeiros
A Palestina é um território soberano cuja independência foi declarada em 1988, que reinvidica territórios ocupados por Israel desde 1967. Reconhecida pela Fifa desde 1998, a seleção precisa se utilizar de jogadores de nacionalidades diversas com origem palestina, em virtude da proibição de Israel de que atletas palestinos deixem os territórios ocupados para jogar no exterior.
11) Palestina disputou Campeonato Chileno
A seleção da Palestina foi convidada para participar da 3ª divisão chilena, em 2003. Em virtude do tamanho da comunidade palestina no país, não houve objeção entre os clubes. Para isso, foi autorizada a contratação de jogadores sub-23 do continente com até a oitava geração de sangue palestino. A ideia era descobrir talentos para as eliminatórias da Copa do Mundo de 2006.
Os jogos foram disputados nas preliminares do Palestino no La Cisterna. A equipe não somou pontos nas três partidas da Copa Chile e, na Zona Norte da 3ª divisão, abandonou a competição após 21 das 26 rodadas, em virtude da dificuldade de conciliar a agenda dos atletas.
Visite o site do Palestino:
www.palestino.cl
Clique no link e leia também:
www.verminososporfutebol.com.br/deu-a-louca/conheca-os-10-times-mais-loucos-do-mundo
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Tomara que a final da Libertadores deste ano seja Cruzeiro X Palestino!