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Viagem no tempo

Como estão os sul-africanos que cantavam o hino do Brasil em 2010?

A gente reencontra os meninos da África do Sul que cativaram brasileiros há seis anos

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Jack e Ross, hoje com 11 anos, herdaram a paixão por futebol (Fotos: Rafael Luis Azevedo e Acervo pessoal)
Jack e Ross, hoje com 11 anos, mantiveram a paixão (Fotos: Rafael Luis Azevedo e Acervo pessoal)

Foi uma das reportagens que guardo melhor recordação. Em 2010, eu trabalhava para o jornal O Povo, de Fortaleza, e fui enviado como correspondente para a Copa do Mundo, junto com Fernando Graziani e Ruy Lima. Na época, publicamos a história de uma turminha de sul-africanos que, mesmo sem falarem português, aprenderam a cantar o hino do Brasil. Foi a última reportagem, reservada para o fim dos 45 dias de cobertura. Passados seis anos, voltei a ter contato com os meninos.

Jack Latilla-Campbell e Ross Fieldgate, hoje com 11 anos, seguem amigos, apesar de não estudarem mais na mesma escola em Joanesburgo. Dois dos outros garotos da reportagem se mudaram para a Cidade do Cabo.

A mãe de Jack, Celeste, conta que os meninos guardaram a letra na memória por mais dois anos. “Nós amamos a experiência de sermos filmados. Todo mundo na escola se lembra”, relata a mãe, referindo-se às reportagens do O Povo e da TV O Povo.

O caso foi descoberto casualmente, durante reportagem no aquário de Durban. Quando abordei uma mulher para possível entrevista, Jack interrompeu sua mãe e cantou o refrão do hino após eu dizer que era jornalista brasileiro.

Celeste então explicou que o menino havia aprendido a canção numa gincana da escola, juntamente com os colegas de sala. Estava desenhada uma bela história para contar dias depois, com a turma reunida em Joanesburgo.

Relembre a reportagem em vídeo:

Seis anos depois, a Copa do Mundo formou uma legião de fãs de futebol entre os sul-africanos brancos, que tradicionalmente preferem o rúgbi. “Mais pessoas estão seguindo o futebol. Particularmente os mais jovens”, descreve Celeste.

Segundo a mãe de Jack, o futebol passou a fazer parte do programa esportivo de muitas escolas do país. “A Copa do Mundo teve um grande impacto positivo sobre as pessoas na África do Sul”, indica Celeste.

Jack (4º na esq. para dir.) e seus amigos aprenderam a cantar o hino do Brasil (Foto: Rafael Luis Azevedo)
Jack (4º na esq. para dir.) e os amigos aprenderam a cantar o hino do Brasil (Foto: Rafael Luis Azevedo)

Memórias do menino

Jack tem poucas lembranças de 2010, exceto que sabia cantar o hino brasileiro. Hoje, ele virou torcedor do Kaizer Chiefs, do Liverpool e do Bayern de Munique. Algo bem incomum entre as crianças das gerações anteriores à Copa do Mundo.

O menino adora jogar bola na escola após as aulas, ao lado do irmão David, três anos mais jovem e torcedor do Arsenal. “Eu prefiro futebol do que rúgbi. Futebol é muito mais divertido”, compara.

Embora tenha aprendido o hino brasileiro, Jack não se frustrou com os 7 a 1 quatro anos depois. “Foi um jogo emocionante. Eu estava apoiando a Alemanha”, revive o menino, com sangue alemão na família. Será que o time de Tite vai recuperar esse torcedor?

Celeste Latilla-Campbell (dir.) reuniu as famílias a pedido da reportagem (Foto: Rafael Luis Azevedo)
Celeste Latilla-Campbell (dir.) reuniu as famílias a pedido da reportagem (Foto: Rafael Luis Azevedo)

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