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Sérgio Guedes relembra a dureza que encarou no gol nos 50 anos de Pelé

Sérgio Guedes teve o privilégio de ser o goleiro da seleção brasileira no amistoso dos 50 anos de Pelé

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Brasil-Pele
Sérgio Guedes foi o goleiro do Brasil no amistoso dos 50 anos de Pelé (Foto: Divulgação)

Outros goleiros enfrentaram grandes craques. Mas poucos de sua geração encararam tantos numa única partida: Van Basten, Roger Milla, Stoichkov, Hagi… O privilégio foi de Sérgio Guedes, hoje técnico. Na época, como goleiro da seleção brasileira em amistoso contra a seleção do resto do mundo, que marcou os 50 anos de Pelé.

O dia, 31 de outubro de 1990, não sai da memória do ex-camisa 1. “Eu já tinha enfrentado alguns deles em torneios amistosos com o Santos, mas nunca tantos num mesmo jogo. Foi uma grande satisfação jogar contra Van Basten, por exemplo”, relembra Sérgio Guedes. “Me chamou a atenção que todos eles levaram a partida muito a sério”.

Seleções do mundo

Até aquela época, ainda sem o calendário inchado de competições e amistosos, era comum a reunião de “seleções dos mundo”. Bem diferente de hoje em dia, quando grandes craques só se encontram em peladas beneficentes. Por isso, na festa de aniversário de Pelé, a escolha foi mais do que óbvia.

Todos os 23 jogadores da seleção do mundo entraram em campo – incluindo o zagueiro Júlio Cesar (do Juventus), o volante Alemão (Napoli) e o atacante João Paulo (Bari). Eles não faziam parte da renovada equipe de Paulo Roberto Falcão, que assumira meses antes mantendo no time apenas o meia Bismarck.

“No hotel, tive a oportunidade de conhecer Preud’Homme, que eu sempre admirei. Foi uma convivência bem legal”. (Sérgio Guedes)

Estádio lotado

O estádio San Siro, em Milão, reformado para a Copa da Itália, viu uma nova festa. 75 mil torcedores foram ao jogo. E tiveram a alegria de rever o Rei em campo, numa noite cheia de glamour. “Eu tinha 12 anos em 1974, quando Pelé deixou o Santos. Vi pouco ele jogar, então aquela era uma grande oportunidade”, revive o ex-goleiro.

Cheia de novatos, a seleção brasileira tinha consciência sobre o principal objetivo naquele dia. Mesmo que a equipe perdesse, o Rei tinha que balançar a rede. Por isso, o parceiro de ataque Rinaldo ficou marcado para sempre pelo estilo fominha durante o jogo.

Pelé atuou até os 43 minutos, quando deu lugar a Neto, autor do gol brasileiro na derrota por 2 a 1. A festa poderia ter sido completa, caso o atacante do Fluminense tivesse tocado para o Rei, que estava livre, ao invés de chutar. “Posso estar enganado, mas aquele jogo tirou Rinaldo da seleção. Não pelo lance, mas pelo comportamento”, opina.

“Antes de fazer 50 anos, Pelé sempre aparecia nos treinos do Santos, e participava dos rachões. Ele nunca queria perder”. (Sérgio Guedes)

Poucos seguiram na seleção

Daquele time, somente Leonardo e Cafu chegaram à Copa do Mundo de 1994. César Sampaio, em 1998. Assim como Rinaldo, mas por outros motivos, Sérgio Guedes também não teve vida longa na seleção. Era o início da caminhada que culminaria no tetra, e com o passar do tempo o goleiro acabou preterido pelo técnico Carlos Alberto Parreira.

“Eu estava bem, mas o Santos não vivia um bom momento. Nunca fui político, por isso acho que perdi a vaga nos bastidores”, arrisca o ex-atleta. Uma coisa é certa: nem Taffarel, nem Zetti e nem Gilmar enfrentaram tantos craques quanto Sérgio Guedes num só dia.

Ficha técnica do amistoso:

Brasil 1×2 Resto do Mundo

Data: 31/10/1990
Local: Estádio San Siro, em Milão (Itália)
Público: 75 mil pagantes
Árbitro: Túlio Lanese (Itália)
Gols: Michel (36min 1ºT), Hagi (5min 2ºT) e Neto (15min 2ºT)

Brasil: Sérgio (Ronaldo); Gil Baiano (Bismarck), Paulão (Adílson, Cléber) e Leonardo (Cássio); César Sampaio, Donizete Oliveira (Luís Henrique), Cafu e Pelé (Neto); Charles (Valdeir) e Rinaldo (Careca Bianchezzi). Técnico: Paulo Roberto Falcão

Resto do Mundo: Sérgio Goycoechea/ARG (Michel Preud’Homme/BEL, Thomas N’Kono/CAM e René Higuita/COL); Leo Clijsters/BEL (Emmanuel Kunde/CAM), Júlio César/BRA, Oscar Ruggeri/ARG (Sergej Alejnikov/BUL) e Hugo De León/URU (Lajos Detari/HUN); Michel/ESP (Gabriel Calderón/ARG), Alemão/BRA (José Basualdo/ARG), Rafael Martín Vasquez (Gheorge Hagi/ROM) e Carlo Ancelotti/ITA (Enzo Francescoli/URU); Marco Van Basten/HOL (Hristo Stoichkov/BUL) e Roger Milla/CAM (João Paulo/BRA). Técnico: Franz Beckenbauer e Arrigo Sacchi

Veja os melhores momentos do amistoso:

Perfil:

Nome: Ivanílton Sérgio Guedes
Nascimento: 7/11/1962
Naturalidade: Rio Claro (SP)
Altura: 1,90m

Clubes como jogador: Araçatuba-SP (1983), Ponte Preta (1983-89), Santos (1989-93 e 1996), Goiás (1993), Cruzeiro (1993), Internacional (1994), Botafogo-SP (1995), Lousano Paulista (1996), São José-RS (1997), Coritiba (1997), América-SP (1998-2000), Sãocarlense-SP (2002), Portuguesa Santista (2003) e seleção brasileira (1990-91, 4 jogos)

Clubes como treinador: Portuguesa Santista (2005-06), São Carlos-SP (2006), Ponte Preta (2007-08 e 2010), Santo André (2009), Bahia (2009), São Caetano (2010, 2012 e 2013), Portuguesa (2010-11), Americana (2011), Red Bull Brasil (2012), Sport (2012 e 2013), XV de Piracicaba (2013), Ceará (2013)

2 respostas para “Sérgio Guedes relembra a dureza que encarou no gol nos 50 anos de Pelé”

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