Programa de jogo detalha Premier League
Programas de jogo são febre na Europa. Especialmente na Inglaterra, verdadeiro país do futebol. Maioria delas produzidas pelos clubes e […]
Programas de jogo são febre na Europa. Especialmente na Inglaterra, verdadeiro país do futebol. Maioria delas produzidas pelos clubes e distribuídas de forma gratuita a torcedores, as publicações informam detalhes sobre a partida e divulgam produtos oficiais. Pois uma revista que entrou em cena em 2013 passou a unificar toda a rodada da Premier League.
É a Field, publicada em parceria com a revista Spiel. A publicação, de 32 páginas, tem alto padrão visual e prima por belas fotos, abordagens diferenciadas e perfis de jogadores e clubes. Distribuída gratuitamente em 10 estádios a cada rodada, ela tem tiragem de 55 mil exemplares.
A revista é inspiradora para o futebol brasileiro, que nunca contou com um produto parecido com conteúdo geral. Para você que se interessou sobre o projeto, saiba mais nessa entrevista com o fundador Paul Gleeson à equipe inglesa do site da Umbro.
Site da Field:
www.fieldmatchday.com
Edições da Field em PDF:
issuu.com/field_matchday
Pergunta – De onde veio essa ideia?
Paul Gleeson – Quando falamos com as pessoas da Spiel, elas adoraram a ideia de uma revista de futebol bem concebida, que também olha para a cultura, música e arte. A concepção foi de fazer uma orientação sobre futebol, e que esse produto fosse obtido pelas pessoas no jogo. Seria uma forma atraente de atingir um grande público.
Pergunta – Não é difícil lançar uma publicação impressa em tempos de domínio do online?
Paul – Eu não diria difícil, mas é certamente um desafio. Eu acho que é importante reconhecer a importância da mídia online na produção de uma nova revista, mas impressão é igualmente importante. Se você olhar para um monte de revistas, a impressão continua a ser essencial, mas eles estão apoiando isso com conteúdo online, que é o que estamos procurando alcançar.
Se você olhar para um monte de revistas, a impressão continua a ser essencial, mas eles estão apoiando isso com conteúdo online”. Paul Gleeson, fundador da Field
Pergunta – Qual a tiragem da revista para atender a tantos torcedores?
Paul – A cada fim de semana da Premier League, são cerca de 350 mil torcedores. Queríamos em torno de uma em cada sete pessoas no jogo com a revista, o que dá cerca de 55 mil. Nós sentimos que era um bom número, isso significa que nós poderíamos fornecê-la gratuitamente, que é importante para nós, já que tudo no jogo é tão caro.
Pergunta – Como você vai fazer para um fã de um clube pegar uma cópia que tenha um jogador do rival na capa?
Paul – O futebol pode se tornar bastante tribal, e realmente as pessoas não deveriam pegar uma cópia nessas condições. Mas então, o torcedor olha para a seleção da Inglaterra e é capaz de deixar isso de lado, independentemente se o jogador é do Liverpool ou United. Além disso, um monte de outras revistas faz isso. Eles têm jogadores de qualquer clube na capa, o que importa é a maneira de apresentar para torná-lo atraente para todos.
A cada fim de semana da Premier League, são cerca de 350 mil torcedores. Queríamos em torno de uma em cada sete pessoas no jogo com a revista, o que dá cerca de 55 mil”.
Pergunta – Você pode me dar um exemplo da Field?
Paul – Certifique-se que você não está propositadamente olhando para banir leitores. Por exemplo, em nossa primeira edição tivemos Danny Welbeck na capa, em parte porque é o dérbi de Manchester, em Old Trafford, mas ele é mais do que apenas um jogador do United, ele é um jogador da Inglaterra também. E ele também é muito bem quisto, mesmo entre os fãs rivais. Eu acho que cabe a nós encontrarmos aqueles jogadores que transcendem os clubes.
Pergunta – Você acha que a maioria dos fãs estão interessados em outras equipes e seus jogadores?
Paul – Sim, eu acho que a maioria dos fãs de futebol são bem informados e estão interessados em tudo o que está acontecendo – quem vai ficar, quem está se saindo bem neste clube ou não. Com as mídias digitais, as pessoas podem consumir uma grande quantidade de futebol, provavelmente gastam muito tempo pensando nisso ao longo do dia. Elas têm lealdade a sua equipe, mas se interessam por todo o esporte.
Com as mídias digitais, as pessoas podem consumir uma grande quantidade de futebol, provavelmente gastam muito tempo pensando nisso ao longo do dia. Elas têm lealdade a sua equipe, mas se interessam por todo o esporte”.
Pergunta – Junto com a edição impressa, houve investimento num app, certo?
Paul – É tudo muito ligado, queremos que o aplicativo seja um reflexo da revista. A revista está lá para os fãs que estão no jogo, mas não queria ignorar as pessoas que não conseguem chegar ao jogo. Então, você vai ser capaz de ler os artigos através do aplicativo, há uma versão digital da revista lá, mas também terá conteúdo exclusivo.
Pergunta – Você começou cobrindo toda a Premier League, mas já há planos mais pra frente?
Paul – Esta temporada foi experimental, estamos vendo o que funcionou ou não. A longo prazo, nós adoraríamos se estabelecer com os fãs na Premier League e também mover-se em divisões inferiores e refletir todas as coisas interessantes que se passam lá. Também seria brilhante ter uma edição no exterior sobre a Espanha ou a Alemanha, ir para a Escócia. Acho que estamos um pouco longe de tudo isso no momento, mas a longo prazo, seria ótimo para oferecer algo para todos, onde quer que eles estejam assistindo futebol.
3 respostas para “Programa de jogo detalha Premier League”
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Rafael, no Brasil, sei que o Botafogo fez uma experiência desta distribuindo revistas de jogo no Engenhão. Ainda na Inglaterra, sei que existem os zines, mais alternativos, feitos pelas torcidas.
Muitos clubes brasileiros têm revistas do tipo. O Ceará, por exemplo. Mas nunca existiu uma iniciativa que não tenha sido feita por clubes.