11 times mais alternativos da antiga NASL
Você sabia que o Bangu jogou o campeonato de futebol dos Estados Unidos? O caso não é tão mencionado na […]
Você sabia que o Bangu jogou o campeonato de futebol dos Estados Unidos? O caso não é tão mencionado na história do clube, mas aconteceu em 1967. A equipe carioca usou outros nome, escudo e uniforme, representando o Houston Stars. Esse é um dos 11 times mais alternativos da antiga North American Soccer League (NASL) – lista elaborada pelo Verminosos por Futebol.
A NASL, conhecida como a liga que contou com Pelé, Beckenbauer e Cruyff, durou de 1968 a 1984. Sua criação se deveu ao sucesso da United Soccer Association (USA), disputada unicamente em 1967. Doze clubes representavam equipes médias e pequenas da Europa e da América do Sul, como Cagliari, Sunderland, Stoke City, Wolverhampton, Hibernian, Aberdeen, Den Haag e Cerro.
O Bangu foi o único clube brasileiro que encarou a empreitada, levando seu elenco inteiro para os Estados Unidos. Entre eles estava, por exemplo, o goleiro Ubirajara, atleta que mais vezes defendeu o Alvirrubro, com mais de 500 partidas. O time ficou em 4º no seu grupo hexagonal. No ano seguinte, a equipe foi inteiramente internacionalizada, e já não havia mais ninguém do Bangu.
Confira outros 10 times alternativos da NASL. Tem direito até a seleção dos EUA (é isso mesmo, ela disputou a competição, sob o nome de uma equipe).
> LEIA TAMBÉM
- Fã tem centenas de jogos da NASL e da MLS
- Com volta do Cosmos, Nova York passa a ter 3 clubes de futebol
11º) Tampa Bay Rowdies (1975/1993).
Cidade: Tampa, Flórida.
Estádio: Tampa Stadium, 71 mil lugares.
Campeonatos: 1975/1984 (campeão em 1975).
Jogadores famosos: Clodoaldo, Mirandinha e Sam Allardyce-ING.
Histórico: Se o New York Cosmos foi o time mais bem-sucedido na NASL, com cinco títulos, o Tampa Bay foi o maior campeão da NASL Indoor, espécie de showbol disputado no inverno. O time venceu três das oito edições. Em 2011, quando a NASL foi retomada como uma liga inferior a Major League Soccer (MLS), o Tampa teve seu nome incorporado por uma das franquias, assim como o Fort Lauderdale Strikers. O Cosmos, também presente nas duas NASL, não chegou a ser dissolvido.
10º) Rochester Lancers (1967/1980).
Cidade: Rochester, New York.
Estádio: Holleder Memorial Stadium.
Campeonatos: 1967/1980 (campeão em 1970).
Jogador famoso: Carlos Metidieri-BRA/EUA.
Histórico: O time venceu o jogo mais longo da NASL, 2 a 1 sobre o Dallas Tornado nos playoffs de 1971, que chegou a três prorrogações e a 180 minutos de duração, duas partidas completas.
9º) San Jose Earthquakes (1974/1988).
Cidade: San Jose, Califórnia.
Estádio: Spartan Stadium, 18 mil lugares.
Outros nomes: Em sua trajetória, foi também Golden Bay Earthquakes (1983/1984).
Campeonatos: 1974/1984 (campeão em 1975).
Jogador famoso: George Best-GAL.
Histórico: O nome “terremoto” foi alvo de polêmica em virtude da proximidade da falha de San Andreas, responsável pela instabilidade tectônica da região. Apesar disso, o time é um dos quatro cujo nome foi retomado em franquias da Major League Soccer (MLS), ao lado de Seattle Sounders, Portland Timbers e Vancouver Whitecaps.
8º) Los Angeles Aztecs (1974/1981).
Cidade: Los Angeles, Califórnia.
Estádios: Weingart Stadium, Murdock Stadium, LA Coliseum e Rose Bowl.
Campeonatos: 1974/1981 (campeão em 1974).
Jogadores famosos: George Best-GAL, Johan Cruyff-HOL e Franciszek Smuda-POL.
Histórico: Juntamente com NY Cosmos e Seattle Sounders, foi um dos times com melhores médias de público ao longo de sua história. Por isso, tornou-se muito popular na costa oeste dos EUA. Em maio de 2014, houve rumores sobre um possível ressurgimento da equipe, como ocorreu com o Cosmos.
7º) Atlanta Chiefs (1967/1977 e 1979/1981).
Cidade: Atlanta, Georgia.
Estádios: Atlanta e Tara Stadium.
Outros nomes: Durante sua trajetória, foi também Colorado Caribous (1978).
Campeonatos: 1967/1973 e 1979/1981 (campeão em 1968).
Jogador famoso: Jomo Sono-AFS.
Histórico: Foi a equipe de dois jogadores sul-africanos que depois criaram clubes em seu país. Kaizer Montang (1968/1971) uniu seu nome e o do time de Atlanta e fundou o Kaizer Chiefs, hoje um dos dois mais populares da África do Sul, em 1970. Já Jomo Sono (1979), que também atuou no NY Cosmos, fez algo parecido, criando o Jomo Cosmos, em 1983.
6º) Detroit Express (1978/1981).
Cidade: Detroit, Michigan.
Estádio: Pontiac Silverdome, 80 mil lugares.
Outros nomes: Depois, virou o Washington Diplomats (1981).
Campeonatos: 1978/1980.
Jogador famoso: Alan Brazil-ESC.
Histórico: Em 2009, um episódio do seriado How I Met Your Mother, chamado de Bagpipes, trouxe o protagonista Ted vestindo uma camisa do Detroit Express, um dos times mais populares da NASL.
5º) Team Hawaii (1977).
Cidade: Honolulu, Havaí.
Estádio: Aloha Stadium, 50 mil lugares.
Outros nomes: Antes, foi o San Antonio Thunder (1975/1976); depois, virou o Tulsa Roughnecks (1978/1984).
Campeonato: 1977.
Histórico: A ilha que forma um dos 50 estados americanos também possuiu seu time, que teve existência curta.
4º) California Surf (1978/1981).
Cidade: Anaheim, Califórnia.
Estádio: Anaheim Stadium, 43 mil lugares.
Outros nomes: Antes, foi o Saint Louis Stars (1968/1977).
Campeonatos: 1978/1981.
Jogador famoso: Carlos Alberto Torres.
Histórico: Num estado que foi berço do surfe, o nome servia de homenagem à febre que tomou conta de suas praias. E o design da camisa remetia às fortes ondas da costa oeste.
3º) Colorado Caribous (1978).
Cidade: Denver, Colorado.
Estádio: Mile High Stadium, 76 mil lugares.
Outros nomes: Antes e depois, foi o Atlanta Chiefs (1967/1977 e 1979/1981).
Campeonato: 1978.
Jogador famoso: Jomo Sono-AFS.
Histórico: A equipe, que existiu durante uma temporada somente, vestiu o uniforme mais infame da história do futebol, com estilo cowboy. Em 1º de abril de 2014, o Colorado Rapids, da MLS, anunciou que retomaria a vestimenta – tratava-se de uma brincadeira do Dia da Mentira.
2º) Houston Stars (1967/1968).
Cidade: Houston, Texas.
Estádio: Astrodome, 62 mil lugares.
Campeonatos: 1967/1968.
Jogador famoso: Ubirajara-BRA.
Histórico: Foi formado para representar o Bangu na United Soccer Association (USA), liga que reunia parcerias entre clubes europeus e sul-americanos e empresários americanos e canadenses. No único ano da USA, em 1967, quase todo o elenco era formado por jogadores do time brasileiro. No ano seguinte, estreia da NASL, a equipe incorporou diversos estrangeiros, mas já não havia brasileiros.
1º) Team America (1983).
Cidade: Washington, DC.
Estádio: RFK Stadium, 55 mil lugares.
Campeonato: 1983.
Jogador famoso: Alan Green-ENG/EUA.
Histórico: Com as equipes da NASL cheias de estrangeiros, a formação de novos talentos ficou prejudicada. Dessa forma, foi fundada uma franquia somente com americanos, mantida pela federação, com o intuito de montar base para a seleção do país. Alguns dos principais atletas dos EUA se recusaram a deixar seus times, o que obrigou a naturalização de estrangeiros, como o inglês Alan Green. Apesar da boa intenção, o projeto fracassou no campo e nas finanças e durou pouco.
(*) Fotos das camisas e dos times: Acervo do blog NASL Jerseys.
> LEIA TAMBÉM
Confira a final da USA de 1967, Los Angeles Wolves (Wolverhampton) 6×5 Washington Whips (Aberdeen):
Clique no link e leia também:
www.verminososporfutebol.com.br/viagem-no-tempo/11-maiores-craques-que-jogaram-nos-eua
2 respostas para “11 times mais alternativos da antiga NASL”
Deixe um comentário
// Categorias
// Histórico de Publicações
// As mais lidas
-
1
Colecionador monta brechó de camisas de futebol em feira do Rio de Janeiro
-
2
Walking Football: Já existe um futebol próprio para idosos
-
3
Brasileiro visita os 7 estádios de Londres na Premier League num único dia
-
4
Projeto cria mascotes para 150 clubes cearenses por meio de Inteligência Artificial
-
5
Clube com nome do papa João Paulo II sobe para a 1ª divisão do Peru
-
6
Com América, Rio Branco e Stella, projeto Mantos Alencarinos lança 4º lote de camisas retrô
-
7
Jornalista visita todos os estádios da cidade de São Paulo em 1 dia
-
8
Torcedor tem mais de 100 camisas do Lemense, pequeno clube paulista
Correção: George Best era norte-irlandês, e não galês, como dito no artigo.
Obrigado pela correção, Bruno.