Vovô botafoguense tem 100 tatuagens
A camisa do Botafogo sempre foi uma segunda pele para Delneri Martins Viana. Há duas décadas, quando entrou para a […]
A camisa do Botafogo sempre foi uma segunda pele para Delneri Martins Viana. Há duas décadas, quando entrou para a reserva do Exército, o militar pôde extravasar. Fez do próprio corpo um painel do futebol, e iniciou uma série de tatuagens em homenagem ao time de coração. Atualmente, já são 100. E, a cada semana, um novo desenho entra para a coleção do vovô alvinegro.
“Tenho um compromisso com meu tatuador, Felipe Fernandes: todas as quintas-feiras às 9 horas da manhã faremos uma tatuagem nova ou retoque em uma já feita”, relata o tenente aposentado, de 70 anos. A primeira tattoo, feita em 1997, foi o escudo do Botafogo, estampado no braço direito. De lá pra cá, as inúmeras outras garantiram fama a Delneri entre a torcida do time.
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Quando Loco Abreu passou pelo Botafogo, um autógrafo foi tatuado ao vivo, com direito a reportagem no programa Globo Esporte. Graças a essa notoriedade, o tatuador já nem cobra mais pelo serviço ao cliente mais fiel. “Ele diz que sou seu melhor marketing. A clientela aumentou em 40%”, conta o torcedor, que não divulga os valores médios das tatuagens.
Ainda sobra espaço no corpo, mas ele pretende parar em 120 desenhos. “Não tatuo o rosto, por não achar bonito, e o bilau. Minha mulher diz que pode inflamar e atrapalhar”, ri Delneri. Gaúcho e alvo constante de piadas de cariocas, o vovô gravou “Sou Hétero!” no peito. “É pra deixar registrado que gosto de mulher”, diverte-se o torcedor, nascido em Rio Grande-RS.
Esse monte de tatuagens fez Delneri ser reconhecido internacionalmente. Homenageado pelo site da Fifa durante a Copa do Mundo de 2014, o torcedor recebeu em casa mais de 10 equipes de jornalistas estrangeiros, como franceses, ingleses e até quenianos, que não tiveram seleção no torneio. “Fui entrevistado por José Touré, ex-jogador da seleção francesa”, gaba-se.
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Nem todo mundo aprova a mania, claro. A começar pela esposa, que aceita a contragosto. Delneri confidencia que sofre preconceito, afinal não é comum ver um senhor com tantas tatuagens. “Tem gente que diz que sou maluco, e inclusive já fui chamado de velho ridículo”, lamenta o torcedor, pai de duas filhas, com três netos e três bisnetos. “Críticas existem, mas não me incomodo”.
Felizmente para Delneri, não é preciso mais dar satisfação aos chefes de caserna. Hoje em dia até já há soldados e praças com uma ou outra tatuagem, mas nada como um painel corporal como é o caso do botafoguense mais apaixonado. “No meu tempo de Exército, eu jamais teria como fazer as tatuagens. Se fizesse, estaria preso”. Ainda bem que ele reconhece.
Leia também:
www.verminososporfutebol.com.br/deu-a-louca/torcedor-tatua-camisa-do-atletico-nacional
3 respostas para “Vovô botafoguense tem 100 tatuagens”
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Bela matéria, mas péssimo modo de terminá-la com um “ainda bem que reconhece”. Você tem um site de futebol, faz um matéria sobre um apaixonado pelo futebol e termina com ironia como se ele estivesse errado.
Oi Matheus, tudo bem? Tu se incomodou com algo que não irritou nem mesmo ao personagem. Na verdade, ele adorou a matéria, e não ficou chateado com o encerramento em questão. A meu ver cabe a ironia no final, afinal as tatuagens são legais e tal, mas nem mesmo ele as considera algo normal. Um abraço!
Sua fama é tanta que ele foi escolhido para estrelar um comercial do pacote da principal tv por assinatura representando o Botafogo, ao lado justamente do sósia de Obama, que também foi tema de matéria recente aqui. O do Vasco foi o cara do tablet. O do Fluminense não lembro.
Eu também tenho, mas só uma, tatuagem do Botafogo, que já foi tema de post no Blog Mundo Botafogo: http://mundobotafogo.blogspot.com.br/2014/08/wesley-machado-53.html
Como foi comentado no blog, eu fiz esta tatuagem em janeiro de 2004 após a volta do Botafogo à Série A no final de 2003. Como no ano passado o Botafogo caiu de novo, pretendo fazer uma nova tatuagem referente ao Botafogo para marcar o iminente acesso!