Ex-meia tem empresa líder de DVDs de gols
Fábio Pere comanda a Gol Mais Gol, que já fez 4 mil DVDs com vídeos encomendados por atletas
Fábio Pere não teve grande expressão no futebol nacional. Mas uma ideia que surgiu quando ainda atuava nos gramados lhe garantiu a maior empresa de clipagem de lances de jogadores no país. Hoje com 34 anos, o ex-meia comanda a Gol Mais Gol, que já produziu cerca de 4 mil DVDs com vídeos encomendados por atletas, do Brasil e até do exterior.
Desde 2008, a empresa produz vídeos com os melhores lances de jogadores, para portfólio de apresentação a clubes. “Sempre tive dificuldade quanto a isso, então vi que essa sacada era uma oportunidade no mercado”, indica Fábio, ex-União Suzano-SP. Entre os clientes do administrador, estão Paulo Henrique Ganso, Marcos Assução e D’Alessandro.
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Os vídeos possuem cerca de 8 minutos, com trechos de transmissão de jogos ou captações quando não há exibição pela TV, e custam entre R$ 450 e R$ 800. Um dos jogadores que encomendaram o serviço, o meia Assis, ex-Bragantino e Botafogo-SP, conseguiu assim um contrato com o Kalmar, da Suécia. “Esses vídeos são fundamentais para análise de desempenho”, pontua Fábio.
Veja o vídeo de Assis:
Mesmo que a clipagem não tenha muito o que apresentar, como gols, assistências ou belas defesas, vale a pena a encomenda. Assim fez um volante, relata o empresário. Após grande partida pelo Bragantino contra o Bahia, ele pediu uma edição com seus melhores lances. “O material teve 4 minutos”, registra.
“Chego a atualizar meu vídeo de três a quatro vezes no ano. Antes enfrentava dificuldade para encontrar um bom trabalho, tinha que assistir e nem sempre a edição ficava boa. Agora só faço meu DVD com eles”, elogia o zagueiro André Astorga, ex-Santos, Sport e Hannover, que defendeu o Caldas Novas-GO em 2015.
“Sempre tive dificuldade para conseguir fazer DVD com lances, então vi que essa sacada era uma oportunidade no mercado”. (Fábio Pere)
A história mais curiosa em sete anos de atuação foi a do jogador que não tinha dinheiro para pagar pelo serviço, nem cartão de crédito, e propôs fazer um crediário numa loja de calçados. “Fizemos uma permuta”, relata o empresário, satisfeito em ajudar colegas de profissão. “Um vídeo pode mudar a vida de um atleta”. E como pode.
Site da Gol Mais Gol:
www.golmaisgol.com.br
Alguns clientes da empresa:
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4 respostas para “Ex-meia tem empresa líder de DVDs de gols”
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Conheça o autor
O jornalista Rafael Luis Azevedo, 41, é editor do Verminosos desde 2012. É um dos 14 profissionais mais premiados na história do jornalismo no Nordeste, segundo o Portal dos Jornalistas, com 47 premiações. Cobriu in loco as Copas do Mundo de 2010 e 2014, foi co-autor de livros sobre o Ceará e o estádio Presidente Vargas e diretor dos documentários "Aqui é Flamengo" e "Mimo: O Milagre de Milagres" (vencedor do Cinefoot 2022). É também gerente geral da Alece TV, tendo passagens pela Alece FM, sites Tribuna do Ceará, Vós e O Povo Online, jornal O Povo e TVs Jangadeiro/SBT, O Povo/Cultura e Cidade/Record, todos de Fortaleza, nos cargos de repórter, produtor, social mídia, editor, coordenador e diretor. Já fez reportagem e produção freelancer para as TVs Globo e France 24 (FRA), as revistas Four Four Two (ING), So Foot (FRA), Courrier International (FRA) e Placar e os sites BBC Brasil, Vice, UOL, Agência Pública e The Epoch Times (EUA), além de produção de documentários para as TVs France 2 (FRA) e National Geographic (EUA).
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Grande Daniel Bamberg!! Passou pelo Tricolor, salvo engano, entre 2003 e 2005.
Como jornalista senti a falta de uma informação por parte do empresário: do valor que ele recebe, quanto paga de direitos autorais para as emissoras que transmitem as partidas?
Segundo a lei, é proibida tanto a veiculação quanto a reprodução dos jogos sujeito a pena. Neste caso, há interesse comercial tanto do dono, dos atletas e de clubes, já que muitos deles ficam com cópias desses materiais. Além das emissoras, os profissionais que captam as imagens possuem direito autoral sobre a obra, sem falar na parte comercial das mídias que gastam milhões pelos direitos. Este trabalho é legal?
Oi Anderson, tudo bem? É um bom questionamento que fica ao empresário, que explora um serviço antigo, a clipagem, com uma roupagem diferente e um foco específico. As empresas de mídia costumam questionar os ganhos das empresas de clipping em cima de seu trabalho. É uma polêmica que motiva discussões (http://bit.ly/1R2GWfb). Sem querer ser advogado do diabo, acho que outro questionamento também é válido: quanto as empresas de mídia pagam de direitos autorais diretamente a esses jogadores, por faturarem comercialmente em cima do nome deles em transmissões? No fim das contas, essa é a lógica do capitalismo, sem fazer juízo de valor sobre ela: sempre alguém inteligente aproveitará uma necessidade (e às vezes uma brecha) para fazer dinheiro. Obrigado por permitir o aprofundamento da leitura. Um abraço!
Até o Rafael Vaz do VASCO fez.
O ideal não é usar isso nas contratações de jogadores, e sim uma análise melhor.
Mas já que alguns clubes fazem, que os jogadores utilizem desse artifício pra melhorar a carreira.