A Copa do Mundo de 1998 marcou a primeira aparição da Nike. E o início da disputa com a Adidas, pelo mercado de uniformes no maior torneio de futebol do planeta. Aquele Mundial teve, para muitos fãs, as camisas mais marcantes. Pois um mineiro se orgulha de ter no guarda-roupa as blusas de 31 das 32 seleções participantes.

Falta somente a Arábia Saudita para completar a coleção de Rodrigo Herculano. Atualmente, são 31 titulares, 10 reservas e três de goleiro. Ele busca também outras 12 camisas reservas usadas na Copa, de Arábia Saudita, Bélgica, Bulgária, Camarões, Colômbia, Coreia do Sul, Dinamarca, Escócia, Irã, Marrocos, Paraguai e Iugoslávia.

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“Não tenho a reserva do Brasil, já que o time só jogou de amarelo, então não faço questão”, explica o empresário, de 32 anos, sobre os critérios da coleção. “Uma das reservas que tenho, da Jamaica, não foi usada na Copa, assim como a de goleiro do México”, pontua o colecionador, de Santa Rita do Sapucaí (MG).

Em 1998, Rodrigo já tinha três camisas: as titulares de Alemanha e Jamaica, além da reserva da Argentina. Quando viu que já estava com 10 blusas, ele resolveu concentrar-se nas peças daquele Mundial. “Peguei firme em 2013”, conta o colecionadores, que recorreu a brechós virtuais e contatos com colecionadores.

A maior loucura nessa busca foi comprar quatro camisas de um estrangeiro, sem ter a certeza se a encomenda chegaria ao destino. “No fim, deu tudo certo”, alivia-se. “Também consegui quatro camisas com Martinho Júnior, e Anderson Fernandes Borges me ajudou a achar a do Paraguai”, agradece a amigos.

“Foi uma das minhas Copas preferidas, ao lado da de 1994”. (Rodrigo Herculano)

A Copa da França foi, para Rodrigo, uma das preferidas, ao lado da dos Estados Unidos. Na época, ele tinha 14 anos. “Lembro dos jogaços Argentina x Holanda, Brasil x Dinamarca e Brasil x Holanda. A final assisti na casa de um dos meus tios, com a família reunida assim como em 1994, mas depois do fim do 1º tempo todo mundo já tinha jogado a toalha”.

Para o colecionador, é difícil escolher a camisa mais legal daquela Copa. “As de França, Paraguai, Dinamarca e Brasil, as que a Kappa fez para Jamaica e África do Sul, a quadriculada da Croácia, as da Argentina e do Japão… Foi uma Copa com bastante camisa bonita”, enumera Rodrigo, que ainda procura algumas dessas.

Seu atual sonho de consumo, no entanto, é mesmo a camisa titular da Arábia Saudita. “Ela é difícil de encontrar, pois foi feita por uma marca que não é famosa, a Shamel, e eles usaram praticamente só nesse ano”, indica o colecionador. “A esperança continua”.

Para completar essa coleção, o torcedor do Vasco da Gama já se desfez de parte de seu acervo. Hoje, Rodrigo tem cerca de 250 camisas de futebol, de 40 seleções. As blusas que o colecionador não abre mão são as que estampam patrocínios de empresas de videogame – no momento, 28. Mas esse aí é assunto para uma outra postagem.

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Camisas da coleção: