Colecionador achou 120 uniformes dos anos 90 “perdidos” em lojinha do interior gaúcho
Rérinton Joabél encontrou um tesouro do futebol encalhado numa lojinha de Dom Pedrito (RS)
Se fosse um garimpeiro, era como se Rérinton Joabél tivesse achado um tesouro. Em 2016, foi isso o que ele encontrou, numa lojinha de esportes de Dom Pedrito (RS), pequena cidade do extremo sul do país, na fronteira com o Uruguai. “Esquecidos” no estoque, havia mais de 100 uniformes de futebol antigos.
Colecionador de camisas de futebol, Rérinton comprou quase tudo. Ao todo, 120 peças, entre camisas e calções, a grande maioria dos anos 90. Uniformes novinhos, com etiqueta e ainda na sacola, muitos com mais de 20 anos de fabricação. A conta da compra foi alta: cerca de R$ 6 mil.
“Acredito que a sensação foi a mesma do trabalhador no garimpo, que encontra uma pepita de ouro. Uma felicidade imensa. Eu queria ver tudo, pegar tudo, acabei usando todas as minhas reservas e mais um pouco do cartão de crédito”, relembra Rérinton, engenheiro agrônomo de 40 anos.
“Acredito que a sensação foi a mesma do trabalhador no garimpo, que encontra uma pepita de ouro. Uma felicidade imensa”. (Rérinton Joabél)
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Como tudo começou?
A história desse achado incrível começou graças ao trabalho de Rérinton, que fornece assistência técnica a agricultores dos três estados do Sul. Ao sair para jantar em Dom Pedrito, o agrônomo parou em frente a uma lojinha e viu, lá no fundo, uma camisa da seleção do Chile da Rhumell.
No dia seguinte, Rérinton voltou à loja para comprar a camisa, e acabou se deparando com um estoque enorme dos anos 90. Camisas e calções de São Paulo, Vasco, Grêmio e Corinthians (Penalty), Palmeiras e Chile (Rhumell), Santos (Amddma), Juventus e Barcelona (Kappa).
“A maior parte era do período de 1994 a 1998, exceto umas camisas do Internacional da Topper, do início dos anos 2000. Ele me cobrou R$ 50 cada peça”, relata o gremista. “Eu comprei quase tudo. Acredito que as peças mais incríveis que peguei foram os calções ‘Negresco’ do Grêmio”.
“A maior parte era do período de 1994 a 1998, exceto umas camisas do Internacional da Topper, do início dos anos 2000. Ele me cobrou R$ 50 cada peça”. (Rérinton Joabél)
Declínio econômico
Conforme explicou a Rérinton, o dono da loja contou que Dom Pedrito sofreu um forte declínio econômico após o fechamento do frigorífico argentino Swift Armour – e o estoque encalhou.
“Dom Pedrito parece uma cidade parada no tempo, com casas lindas, mas deterioradas e muita pobreza”, explica o agrônomo, doutor em Sistemas de Produção Agrícola Familiar, que mora em Pelotas, a 250 km.
Camisas alimentaram brechó
Em 2020, no início da pandemia de Covid-19, Rérinton lançou o brechó virtual Shonoka Classic Shirts. “Foi uma forma que encontrei para superar o isolamento em casa”, indica. Algumas peças achadas na loja ainda estão à disposição. “Camisas de futebol fazem parte da minha terapia”.
Ficou curioso sobre qual foi a lojinha? “Não lembro o nome”, responde Rérinton. Até o fim do ano, o colecionador pretende voltar a Dom Pedrito. Vale a pena dar um giro em busca de outras lojas esportivas na cidade. Vai que a sorte se repete.
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Essas foram algumas peças, ainda no saquinhos, compradas em Dom Pedrito (Foto: Acervo pessoal)
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Essas foram algumas peças, ainda no saquinhos, compradas em Dom Pedrito (Foto: Acervo pessoal)
Serviço:
Shonoka Classic Shirts (brechó virtual de uniformes de futebol)
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