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A pelada mais bizarra do país é jogada em cemitério de Manaus

O cemitério São Francisco, no Morro da Liberdade, é palco toda tarde de bate-bola único

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Esse é o único gramado – ao menos um trechinho de grama – disponível na região (Foto: Reprodução)
Esse é o único gramado – ao menos um trechinho de grama – disponível na região (Foto: Reprodução)

Você tem medo de andar em cemitério? Meninos que moram vizinho ao cemitério São Francisco, no bairro Morro da Liberdade, em Manaus, não só não têm, como ainda brincam de futebol em meio aos túmulos. Afinal, esse é o único gramado – ao menos um trechinho de grama – disponível na região.

A história divertida foi descoberta pelo jornal Amazonas Em Tempo, de Manaus, em 2007, numa manchete compartilhada até hoje em redes sociais. Em outubro deste ano, a TV Globo resgatou a pauta para marcar o Halloween – sinalizando, porém, que os meninos jogam no local há três anos.

“Todo dia tem uma peladinha aqui, umas 17h30, quando o pessoal chega da escola”, conta um dos garotos.

Um funcionário do cemitério, que conversou com o Verminosos por Futebol sob a condição do anonimato, confirma que as peladas são tradição no gramado ao lado dos túmulos. “Antigamente, até os coveiros costumavam brincar, no horário do almoço e no fim de tarde”, conta.

O acesso ao cemitério é livre durante o expediente, de 8h às 18h, mas pular o muro ou mesmo o portão não é algo difícil. “Não sei como os meninos entram, mas o que posso dizer é que eles estão sempre por aqui”, desconversa.

Observando a foto de capa do jornal Amazonas Em Tempo e o vídeo da reportagem da TV Globo, é possível notar que o espaço de gramado se reduziu ao longo de uma década. “O campo era enorme”, relembra o funcionário do cemitério, mantido pela Prefeitura de Manaus.

Problema para o mais novo da turma, responsável por apanhar a bola quando chutada longe do “campo”. Mesmo quando ela cai nas covas ainda abertas. “Já vi uma coisa preta passando na minha frente”, relata um dos meninos.

A paixão por futebol vence até o medo do sobrenatural, afinal o bate-bola não para nem quando o sol cai. Só acaba mesmo quando a meninada – desculpe o trocadilho – fica morta de cansada.

Capa histórica do jornal Amazonas Em Tempo (Foto: Reprodução)
Capa histórica do jornal Amazonas Em Tempo em 2007 (Foto: Reprodução)

> Confira a matéria da TV Globo clicando neste link.

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