Acredite: Já existe a seleção de Esperanto
O selecionado esperantista é formado pelos praticantes do idioma artificial mais difundido do mundo
Se você gostaria de jogar por uma seleção de futebol mesmo sem ser atleta profissional, agora já é possível. A alternativa pode ser o selecionado esperantista, formado pelos praticantes do idioma artificial mais difundido do mundo, o esperanto. Acredite, isso já existe! E o craque do time, veja só, é brasileiro.
A seleção de Esperanto teve sua estreia em 2014. O primeiro jogo, no dia 31 de julho, ocorreu em Buenos Aires, durante congresso mundial do idioma, realizado na capital argentina. No elenco, estavam jovens de nove países, incluindo Argentina, Brasil, Uruguai, Colômbia, Cuba, Nicaragua, Alemanha, Rússia e República Democrática do Congo.
O jogo terminou com derrota por 8 a 3 para um combinado da comunidade armênia que vive na Argentina, mas já valeu pela formalização da nova equipe. Neste mês, o time do Esperanto deve se tornar membro da NF-Board, a entidade que reúne seleções de nações e territórios não reconhecidos pela Fifa.
O segundo jogo pode acontecer no 100º congresso mundial, em julho, na França. Também são cogitados duelos contra Valônia, da Europa, e Saara Ocidental, da África. “Pedimos à associação mundial de Esperanto passagens para garantir a presença da base do time”, antecipa Jorge Montanari, um dos treinadores.
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O comando-técnico é dividido com Francisco Godínez Galay e Juan Pablo Álvarez, também da Argentina. “Nosso craque é Paulinho Esperantista, o camisa 10. É muito rápido, tem drible, tem chute, tem tudo”, impressiona-se Jorge, que destaca ainda o argentino “Joia” Demasi, autor de dois gols na partida de estreia.
O elogio envaidece Pedro Paulo de Freitas, de 24 anos. “Sempre jogo futebol, por isso tenho condições de correr o jogo todo. A seleção, apesar de ser montada por pessoas comuns, é guerreira”, conta o morador de Ribeirão Preto-SP, estudante do idioma há 10 anos. “Espero estar presente na França, só não tenho certeza pela questão financeira”.
“Nosso craque é Paulinho Esperantista, o camisa 10. É muito rápido, tem drible, tem chute, tem tudo”. (Jorge Montanari)
Em campo, os jogadores são orientados a conversar em esperanto, mesmo com colegas de mesma nacionalidade. “Tem um costume no movimento que se chama ‘não fazer o crocodilo’, que é não falar com alguém na língua de ambos na frente de outro esperantista. Lógico, pra não deixá-lo fora da conversa”, explica Jorge.
Até os cânticos de torcida, no jogo de estreia, foram em esperanto. Na ocasião, a camisa do selecionado, nas cores verde e branca, fez sucesso entre os fãs, esgotando o estoque no mesmo dia. Agora, os dirigentes esperam definição se a comercialização de peças pode ser usada para financiamento da equipe.
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Cientista e escritor, o treinador da seleção, de 38 anos, começou a estudar esperanto em 2000, e em dois meses já era fluente. O idioma foi criado em 1887, pelo médico judeu Ludwik Lejzer Zamenhof, para facilitar a comunicação entre povos. Atualmente é falado por 2 milhões de pessoas.
“Essa é a língua mais fácil do mundo. Tem quem acha que esperanto não presta pra nada, mas olha aqui aonde a gente chegou”, festeja Jorge. Agora que é possível aprender um idioma e se tornar um jogador “internacional”, não faltarão novos interessados.
Facebook da seleção de Esperanto:
www.facebook.com/SelektitaroDeEsperanto
Veja imagens do jogo de estreia dos esperantistas:
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