Alemão fã de turismo de futebol já assistiu a jogos em mais de 160 países
Michael Barth, um dos maiores ‘groundhoppers’ do mundo, soma 3 mil jogos em 900 estádios
Se uma publicação de turismo pretendesse fazer um roteiro de viagens de futebol pelo mundo, Michael Barth seria um excelente consultor. Poucos caras, mesmo profissionais da bola, podem dizer que conhecem tanto. Afinal, este alemão de 46 anos já assistiu a jogos em estádios de 162 países. Ressalte-se: até a publicação desta matéria, pois o número está sempre crescendo.
Michael é o vice-líder desse quesito no Groundhopper, aplicativo de geolocalização de estádios, que elabora um ranking entre os usuários. Seus números são impressionantes: ele viu 3.008 jogos em 900 estádios. “Minha média era de quatro a cinco novos países por ano, mas está ficando difícil porque já fui aos países mais ‘fáceis'”, conta o engenheiro de software, morador de Munique.
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Torcedor do Bayern, Michael vai a jogos desde 1981, quando tinha 9 anos, por influência do pai. Em 1990, começou a viajar a outros países. “Nos primeiros anos, só para partidas do Bayern e da seleção alemã, mas depois fiquei cada vez mais interessado por estádios”, relembra. Desde que começou a trabalhar, em 2000, aos 28 anos, ele passou a se aventurar a outros continentes.
Conciliar essas viagens com a rotina do trabalho não tem sido complicado. “Tenho sorte de ter um bom emprego em que ganho dinheiro suficiente e que me permite tirar férias sempre que quiser”, agradece Michael, que também conta com uma parceria em casa para a mania. “Minha esposa gosta de viagens e de futebol e está sempre comigo, exceto em países muito ‘hardcore’, como Djibouti ou Congo”.
O único real impeditivo para somar novos países ao passaporte é o calendário do Bayern. Torcedor fidelíssimo, Michael tem assistido a todos os jogos do time na Bundesliga desde 1993, dentro e fora de casa. Até esta entrevista, já eram 853 partidas seguidas. No total, ele já viu mais de 1.500 jogos da equipe, incluindo ainda Liga dos Campeões da Europa, Copa da Alemanha e amistosos.
“Minha média era de quatro a cinco novos países por ano, mas está ficando difícil porque já fui aos países mais ‘fáceis'”. (Michael Barth)
As preferências do viajante
Quando está “livre” do Bayern, Michael desfruta de tudo um pouco no futebol mundial. “Na minha opinião, os torcedores mais apaixonados são, na Europa, de Sérvia, Grécia e Turquia; nas Américas, da Argentina; na Ásia, da Indonésia; e na África, de Marrocos, Argélia e Egito”, lista o groundhopper, como são conhecidos entre os europeus os viajantes de estádios.
Assim, ele presenciou alguns dos maiores clássicos do mundo. Entre os destaques, Boca Juniors x River Plate (Buenos Aires), Partizan x Red Star (Belgrado), Wydad x Raja (Casablanca), Al Ahly x Zamalek (Cairo), East Bengal x Mohun Bagan (Calcutá) e Celtic x Rangers (Glascow). “Também fiquei impressionado com jogos como Honduras x México, Peru x Chile e Brasil x Argentina”.
“Tenho sorte de ter um bom emprego em que ganho dinheiro suficiente e que me permite tirar férias sempre que quiser”. (Michael Barth)
Ao todo, Michael esteve em 12 finais da Liga dos Campeões da Europa e em quatro finais da Copa do Mundo (em 1990, 2002, 2006 e 2014, incluindo as últimas três decisões com presença da Alemanha). “Sei exatamente todos os jogos em que eu fui, pois guardo todos os meus ingressos desde a primeira partida, do Bayern contra o Eintracht Frankfurt”, destaca.
De certa forma por um sentimentalismo, o estádio mais bonito que ele conheceu foi a antiga casa do Bayern, o Olímpico de Munique, que caiu em desuso desde a inauguração do Allianz Arena, em 2005. O viajante também adorou templos do futebol como San Siro, La Bombonera e Azteca. “Difícil dizer qual o melhor. Gosto de antigos estádios com história”, explica.
Volta ao mundo
Nos primeiros anos, Michael conta que viajava a países exclusivamente por causa de futebol. Hoje em dia, tenta ver mais sobre cultura e natureza do local. Inclusive, se preciso, não se importa em repetir os destinos. “Eu visitei muitos países duas, três ou até mais vezes para ver lugares interessantes quando senti falta deles na minha primeira viagem”.
Por hora, o alemão não faz planos sobre quando conseguirá ver jogos em estádios de todos os 211 países filiados à Fifa. “É possível chegar lá, mas no momento alguns países são difíceis de visitar, por causa de guerras ou instabilidade política, como Líbia, Somália e Afeganistão”, comenta. Certeza, arrisca Michael, ele não será o primeiro a atingir tal feito.
“Posso ser o número 2 no Groundhopper, mas muitos outros que não usam o aplicativo foram a mais países. Conheço um cara na Alemanha que soma atualmente 206, e que completará o mundo em breve”, descreve. “Não me pergunte o nome dele, porque sei que ele não tem interesse em entrevistas”, avisa logo. Uma pena, pois seria outro com muita história pra contar.
Serviço:
Groundhopper – Facebook, iTunes e Google Play.
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Bom dia, fiz o circuito dos estádios em buenos Aires, Londres , rio e sp. E em Fortaleza.