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Artesão paraibano constrói um mini Maracanã com cimento no quintal

Edílson Simplício da Rocha, de Esperança (PB), já fez uma maquete de 2,5 metros de diâmetro

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Um Maracanã feito com cimento e ferro, com 2,5 metros de diâmetro (Foto: Acervo pessoal)
Um Maracanã feito com cimento e ferro, com 2,5 metros de diâmetro (Foto: Acervo pessoal)

Edílson sempre quis conhecer o Maracanã, mas nunca teve a oportunidade. Difícil para o vigilante, que mora na cidade de Esperança (PB), a 2.300 km do Rio de Janeiro. Então, ele resolveu construir o estádio em miniatura.

Essa é a história de Edílson Simplício da Rocha, que combinou o hobby de artesão com a paixão por futebol. Em 2005, o paraibano encarou uma empreitada: fazer uma maquete do estádio O Amigão, da vizinha João Pessoa.

E, assim, ele passou a ter, no quintal de casa, um mini estádio de 1,5 metro de diâmetro, construído com cimento e ferro. “Não tenho fotos, pois naquela época era muito raro ter câmera”, conta Edílson, hoje com 37 anos.

Dois Maracanãs

Era hora de tentar algo mais complexo, um estádio inteiramente coberto por arquibancada. Em 2006, o artesão “demoliu” o Amigão e, no lugar, construiu um Maracanã – com diâmetro ligeiramente maior, com 2 metros.

Foi um bom treinamento para sua obra-prima. Em 2007, Edílson levantou uma nova maquete do Maracanã, com diâmetro de 2,5 metros, sem contar as rampas de acesso. Uma lindeza, construída no quintal de um vizinho.

O design seguia o redesenho do Maracanã pós-reforma para os Jogos Pan-Americanos de 2007, então com cadeiras nas cores da bandeira brasileira. Seu maior trabalho durou um mês pra ficar pronto, relembra.

A estrutura, toda feita com pré-moldados, podia sustentar uma pessoa de até 80 kg em cima da cobertura. Podia, pois o estádio teve de ser desmontado, em 2010.

“Meu vizinho precisou do terreno pra construir uma casa. Fiquei muito triste por ter de desmontar o estádio, mas infelizmente o dono necessitava do terreno”, relata Edílson.

  • O estádio de Edílson sustentava uma pessoa de 80 kg em cima (Foto: Acervo pessoal)
  • O estádio de Edílson sustentava uma pessoa de 80 kg em cima (Foto: Acervo pessoal)

1º Maracanã abandonado

Já o Maracanã inicial, aquele feito em seu quintal, virou alvo do tempo. O vigilante vendeu o sítio, e a obra de arte não recebeu cuidados necessários. Como foi construído ao ar livre, não aguentou os efeitos do sol, chuva e poeira. Hoje, parece um estádio abandonado de verdade.

O primeiro Maracanã segue de pé, mas não recebeu cuidados (Foto: Acervo pessoal)
O primeiro Maracanã segue de pé, mas não recebeu cuidados (Foto: Acervo pessoal)

Novos estádios

Atualmente, Edílson ainda sonha em fazer o novo Maracanã, pós-reforma para a Copa do Mundo de 2014, e também os estádios do Corinthians, seu time de coração, e Morumbi.

Por ora, o artesão dedica seus dotes para outras peças mais fáceis de comercializar. Ele vende réplicas das taças Fifa e Jules Rimet, feitas em resina, ao preço de R$ 500 cada. “Vendo para todo o Brasil”, garante.

Construir estádios em miniatura, porém, não está descartado. O material necessário para fazer o último Maracanã, em 2007, custou R$ 300. Hoje, Edílson estima que sairia a R$ 1.000 – sem contar a mão-de-obra. Ah se eu tivesse um quintal grande em casa!

Serviço:

Réplicas de taças Fifa e Jules Rimet
Preço: R$ 500

Contatos de Edílson Simplício da Rocha:
Instagram | Fone: 83-99610.1294

O melhor Mini Maracanã de Edílson ficou de pé entre 2007 e 2010 (Foto: Acervo pessoal)
O melhor mini Maracanã de Edílson ficou de pé entre 2007 e 2010 (Foto: Acervo pessoal)

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