Cartola do Nacional Borbense é treinador
Nenhum treinador das quatro principais divisões do futebol brasileiro nesta temporada está tanto tempo há frente do mesmo time. Há […]
Nenhum treinador das quatro principais divisões do futebol brasileiro nesta temporada está tanto tempo há frente do mesmo time. Há três anos, Robsoney Sá é o técnico do Nacional Borbense-AM. O único treinador da história do clube comanda o elenco desde a profissionalização, em 2012. Tanto moral se justifica: ele foi fundador, jogador, presidente e atualmente, além de cuidar da equipe, acumula a função de vice-presidente. Um verdadeiro faz-tudo!
A curiosa história de Robsoney começou em 1989, em Borba, cidade a 208 km de Manaus, quando aos 13 anos fundou com dois irmãos um time de futsal em homenagem ao Nacional, clube mais popular da capital amazonense. Ele era o ala direito; Rodenilson, o goleiro; e Roberto, o técnico. Dez anos depois, já era jogador, treinador e supervisor ao mesmo tempo.
Em 2004, o sucesso no futsal local levou os irmãos a criarem um time amador de futebol. Novamente, Robsoney seguiu com dirigente-técnico-jogador. Com direito a camisa 10, afinal era o craque da equipe, aos 28 anos. “Logo no primeiro ano, fomos campeões, com o gol do título feito por mim”, relembra. “Eu era tido como um dos craques de todos os tempos na cidade”.
Depois de quase uma década de domínio municipal, o Nacional Borbense foi profissionalizado para a disputa da 2ª divisão amazonense de 2012. Vice-campeão em 2013, desde o ano seguinte participa da 1ª divisão estadual. De lá pra cá, já foram 19 jogos oficiais na história, até 15 de março de 2015. Retrospecto de oito vitórias, quatro empates e sete derrotas.
“A experiência está sendo incrível”, relata Robsoney, hoje com 39 anos. Em junho do ano passado, ele fez um curso de 18 dias na Associação Brasileira de Treinadores de Futebol (ABTF), no Rio de Janeiro. “Foi uma boa oportunidade para aprender a orientar atletas a jogar um bom futebol como sempre joguei na minha época”, registra, sem falsa modéstia.
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Ser vice-presidente e treinador ao mesmo tempo é dureza, garante. Para isso, os jogadores sempre são avisados sobre a relação diferenciada ao chegarem a Borba. “A cobrança é muito grande. O acúmulo de responsabilidade exige bom senso tanto na equipe quanto na direção do clube”, indica Robsoney, de olho no campo e também nas finanças.
Não é a única situação inusitada que os jogadores se deparam. Para fazer jogos em Manaus, o Nacional enfrenta uma viagem desgastante com dois trechos de ônibus e três de barco, durante quase cinco horas. Tudo para economizar os R$ 20 mil de trecho aéreo. “Sempre viajamos com um dia de antecedência, já que é uma verdadeira aventura”, conta Robsoney.
O acúmulo de responsabilidade exige bom senso tanto na equipe quanto na direção do clube”. Robsoney Sá.
Mesmo com todas as dificuldades, a meta do Nacional é terminar pela segunda vez seguida entre os quatro primeiros do Campeonato Amazonense em 2015. Uma coisa é certa: tenha ou não sucesso na competição, diferentemente de outros clubes do país, o dirigente-treinador possui moral assegurado para a próxima temporada.
Perfil:
Nome: Clube Nacional Borbense.
Fundação: 1º de janeiro de 1989, em Borba-AM.
Estádio: Jabotão (4 mil lugares), municipal.
Mascote: Camaleão.
Competições: 2ª divisão amazonense (2012 e 2013) e 1ª divisão (desde 2014).
Facebook do Nacional: www.facebook.com/NacionalBorbense
Clique no link e leia também:
www.verminososporfutebol.com.br/jogo-ludico/estadual-de-amazonas-ganha-patch-no-pes-2014
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