O torneio Rio-São Paulo teve sua edição de despedida em 2002. Aquele foi o primeiro campeonato no país com “padrão europeu” de uniformes, ao adotar a combinação de patch, número fixo e nome nas costas. Essa novidade empolgou um colecionador de camisas de futebol.

Leandro Guimarães, colecionador desde o início dos anos 90, resolveu reunir os mantos de todos os 16 times participantes.

Pelo Rio de Janeiro, América, Americano, Bangu, Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco. Já por São Paulo, Corinthians (o campeão), Etti Jundiaí (atual Paulista de Jundiaí), Guarani, Palmeiras, Ponte Preta, Portuguesa, São Caetano, Santos e São Paulo.

“Pareciam camisas de campeonato europeu. Fiquei muito empolgado e comecei a pegar as camisas do torneio”, relembra Leandro, carioca de 45 anos. Então, ele foi utilizando pesquisas no Mercado Livre e contatos no extinto Orkut e no portal Futmania.

“Pareciam camisas de campeonato europeu. Fiquei muito empolgado e comecei a pegar as camisas do torneio”. (Leandro Guimarães)

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Usadas em campo

Todas as camisas da coleção foram usadas em campo no Rio-São Paulo de 2002. Algumas peças que não foram utilizadas em jogos acabaram repassadas a outras pessoas.

Até o momento desta entrevista, Leandro possui 62 camisas do torneio, incluindo pelo menos uma de cada time. “Ainda me falta uma, que é a preta usada pelo Botafogo contra o Corinthians em São Paulo”.

O cuidado com o acervo é grande. “As camisas que não podem ser dobradas eu armazeno em uma arara que fiz por encomenda. As que podem ser dobradas estão em malas”, conta Leandro, que também é conhecido por sua coleção de camisas do futebol finlandês.

Durante o Rio-São Paulo, algumas equipes usaram patrocínios únicos. Como a camisa da Ponte Preta que estampava a campanha “Campinas Pede Paz”, vestida em jogo contra o São Caetano. “Essa é a camisa mais rara da minha coleção”, constata. Mas, certamente, é só uma delas.

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> Reportagem produzida por Yuri de Melo, com edição de Rafael Luis Azevedo, do Verminosos por Futebol.

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