Como estão os sul-africanos que cantavam o hino do Brasil em 2010?
A gente reencontra os meninos da África do Sul que cativaram brasileiros há seis anos

Foi uma das reportagens que guardo melhor recordação. Em 2010, eu trabalhava para o jornal O Povo, de Fortaleza, e fui enviado como correspondente para a Copa do Mundo, junto com Fernando Graziani e Ruy Lima. Na época, publicamos a história de uma turminha de sul-africanos que, mesmo sem falarem português, aprenderam a cantar o hino do Brasil. Foi a última reportagem, reservada para o fim dos 45 dias de cobertura. Passados seis anos, voltei a ter contato com os meninos.
- Leia também:
-
Deu no jornal
Sul-africanos aprenderam hino do Brasil
-
Carrinho de compras
Minhas relíquias da Copa do Mundo de 2010
-
Dica cultural
Conheça a capital da Copa do Mundo 2010
Jack Latilla-Campbell e Ross Fieldgate, hoje com 11 anos, seguem amigos, apesar de não estudarem mais na mesma escola em Joanesburgo. Dois dos outros garotos da reportagem se mudaram para a Cidade do Cabo.
A mãe de Jack, Celeste, conta que os meninos guardaram a letra na memória por mais dois anos. “Nós amamos a experiência de sermos filmados. Todo mundo na escola se lembra”, relata a mãe, referindo-se às reportagens do O Povo e da TV O Povo.
O caso foi descoberto casualmente, durante reportagem no aquário de Durban. Quando abordei uma mulher para possível entrevista, Jack interrompeu sua mãe e cantou o refrão do hino após eu dizer que era jornalista brasileiro.
Celeste então explicou que o menino havia aprendido a canção numa gincana da escola, juntamente com os colegas de sala. Estava desenhada uma bela história para contar dias depois, com a turma reunida em Joanesburgo.
Relembre a reportagem em vídeo:
Seis anos depois, a Copa do Mundo formou uma legião de fãs de futebol entre os sul-africanos brancos, que tradicionalmente preferem o rúgbi. “Mais pessoas estão seguindo o futebol. Particularmente os mais jovens”, descreve Celeste.
Segundo a mãe de Jack, o futebol passou a fazer parte do programa esportivo de muitas escolas do país. “A Copa do Mundo teve um grande impacto positivo sobre as pessoas na África do Sul”, indica Celeste.

Memórias do menino
Jack tem poucas lembranças de 2010, exceto que sabia cantar o hino brasileiro. Hoje, ele virou torcedor do Kaizer Chiefs, do Liverpool e do Bayern de Munique. Algo bem incomum entre as crianças das gerações anteriores à Copa do Mundo.
O menino adora jogar bola na escola após as aulas, ao lado do irmão David, três anos mais jovem e torcedor do Arsenal. “Eu prefiro futebol do que rúgbi. Futebol é muito mais divertido”, compara.
Embora tenha aprendido o hino brasileiro, Jack não se frustrou com os 7 a 1 quatro anos depois. “Foi um jogo emocionante. Eu estava apoiando a Alemanha”, revive o menino, com sangue alemão na família. Será que o time de Tite vai recuperar esse torcedor?

// Categorias
// Histórico de Publicações
// As mais lidas
-
1
Maquetista produz miniaturas de estádios que você adoraria ter em casa
-
2
Jogador amador de Santos tem quase 8 mil gols na “carreira”
-
3
You will never SMOKE alone: O time da Dinamarca que celebra a maconha
-
4
Os rankings de público da 1ª divisão de Brasil x Argentina (1959 a 2024). Compare!
-
5
Projeto Mantos Alencarinos lança novo lote de camisas retrô de times cearenses
-
6
O curioso futebol jogado com 3 equipes em campo
-
7
Os adesivos de suas camisas de futebol descolaram? Seus problemas acabaram
-
8
O ranking de público dos Estaduais do Nordeste (2006 a 2025)
Deixe um comentário