Cláudio Bazoli teve uma camisa do Vasco em 1988, durante a infância, mas a blusa se perdeu em doações feitas pela mãe. Hoje isso nunca aconteceria, já que o torcedor vascaíno possui uma coleção justo de camisas do time fabricadas pela Adidas nos anos 80.

A empresa alemã vestiu o Vasco entre 1979 e 1989, tendo fabricado algumas das camisas mais clássicas da história do clube. As peças são desejadas por colecionadores, e Cláudio pode se orgulhar de ter, até esta entrevista ao Verminosos por Futebol, cerca de 40 delas.

São 34 camisas de linha (sendo quatro manga longa), duas de goleiro, três de treino e dois casacos. “As camisas da Adidas viraram uma febre no colecionismo, e todo colecionador está sempre em busca delas”, conta Cláudio, advogado do Rio de Janeiro.

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Vale tudo

Para consegui-las, o torcedor aborda pessoas nas ruas e manda mensagens para ex-jogadores e familiares. Amigos, que já sabem sobre sua coleção, estão sempre atentos. “Eu ficava de olho no Mercado Livre e na OLX, mas supervalorizou”, alerta o torcedor, de 46 anos.

Mesmo outras vedetes de sua coleção já foram usadas em negociações, caso de camisas antigas da seleção brasileira, do tempo da Topper (anos 80) e da Umbro (anos 90). “Cheguei a tirar blusa da seleção de um quadro, para fazer troca”, relata.

“As camisas da Adidas viraram uma febre no colecionismo, e todo colecionador está sempre em busca delas”. (Cláudio Bazoli)

Variações nas camisas

Com os anos, Cláudio pôde testemunhar a falta de padronização da Adidas na era em que patrocinou o Vasco. Foram inúmeras as variações nas blusas em apenas uma década.

“Há modelos com cruz costurada, outros em veludo. Há gola redonda e gola em V. Há até modelos onde se costuraram box do novo patrocinador em cima do antigo”, enumera. “É justamente isso que faz o período da Adidas no Vasco ser sui generis”.

Em virtude de tantas variações, Cláudio acha quase impossível reunir todas as camisas do Vasco da Adidas. “Camisas de manga longa, de goleiro, de box costurado, e aquelas com patrocínios que duraram poucos jogos, como Sadia, Tavares e Nacional, estão ficando cada vez mais difíceis de encontrar”, explica.

As camisas brilham

Graças à coleção, Cláudio teve o privilégio de conseguir se aproximar duas vezes de Roberto Dinamite. Uma vez quando ele trabalhava no programa “Os Donos da Bola”, da Band, e outra na inauguração da estátua do jogador em São Januário, em 2022.

“Nesse dia, estava difícil de se aproximar do maior ídolo do Vasco, mas a organização, ao ver que eu havia levado quatro Adidas número 10, imediatamente fui convidado para ir até ele”, relembra Cláudio. Como constatou, ninguém resiste àquelas camisas.

Serviço:

Acompanhe a coleção de Cláudio Bazoli

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