Em Tauá, no Ceará, o restaurante “O Corinthiano” é de um… palmeirense
O “corinthiano mais famoso de Tauá” é, por ironia, um torcedor palmeirense
Em Tauá, no sertão do Ceará, não pergunte quem é Egeneudo. Quase ninguém conhece. Agora fale o apelido “Corinthiano”… Todo mundo sabe! É o proprietário da churrascaria O Corinthiano, restaurante famoso na cidade. Por ironia, ele não é torcedor do Corinthians. É, isso sim, um apaixonado palmeirense, que incorporou o Timão em sua vida.
Essa história inusitada começou há mais de duas décadas, ainda com o pai Agenor. O antigo proprietário do restaurante, com dificuldade de lembrar o nome dos clientes, costumava chamá-los de “corinthiano”. “Fala aí, corinthiano, o que vai querer?” Assim, o termo se alastrou, e todos passaram a se referir a ele como Corinthiano.
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Muitos sem saber que Agenor, na realidade, é palmeirense. “O apelido pegou no meu pai que não larga mais. Acabei herdando, e fiquei conhecido como Corinthiano também”, conta Egeneudo Xavier da Franca, de 34 anos. “Eu sempre respondo que sou palmeirense, então alguns me chamam de Corinthiano-Palmeirense”.
Tem até escudo
O restaurante, aberto em 1994, foi batizado logo no início como O Corinthiano. A placa luminosa da fachada conta até com escudo do Timão. Ao lado, um carneiro, especialidade da casa. “Carne de porco não tem”, avisa a mãe e sócia Maria do Rosário da Franca, de 55 anos, rindo sobre a referência ao mascote do Palmeiras.
“O apelido pegou no meu pai que não larga mais. Acabei herdando, e fiquei conhecido como Corinthiano também”. (Egeneudo Xavier da Franca)
Veja fotos do restaurante:
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A placa conta até com escudo do Timão (Foto: Rayane Xavier da Franca/Divulgação)
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A placa conta até com escudo do Timão (Foto: Rayane Xavier da Franca/Divulgação)
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A placa conta até com escudo do Timão (Foto: Rayane Xavier da Franca/Divulgação)
Sem mudança de nome
Rosário e Agenor se divorciaram em 2010. Ela permaneceu com a churrascaria, enquanto ele ficou com a fazenda da família no distrito de São Bento das Carrapateiras. “A única coisa que pedi foi que não mudassem o nome”, relembra Agenor Xavier, de 62 anos.
Com o tempo, o restaurante de Tauá, cidade localizada a 420 km de Fortaleza, virou um point para torcedores da região. “Oxe, é demais! Vem muito corinthiano, mas também muito palmeirense”, relata Rosário.
Dia de clássico entre Corinthians e Palmeiras com transmissão na TV é ocasião de festa no restaurante. E de muita gozação. “O pessoal enche o saco! Muitos dizem que eu tenho de mudar o nome da churrascaria para O Palmeirense”, diverte-se Egeneudo.
O rebatismo está descartado. Porque Rosário, essa sim, é corinthiana. “Poucas pessoas em Tauá sabem meu nome, elas só me conhecem como Corinthiana. Pra mim, tá perfeito!”, gargalha. Assim, Egeneudo terá de insistir mais na alcunha Corinthiano-Palmeirense.
Serviço:
Churrascaria O Corinthiano
CE-187, nº 802, Tauá (CE)
Fone: 88-3437.3195Observação:
O Verminosos por Futebol optou pelo termo “corinthiano” com “H”, apesar de a gramática portuguesa determinar a escrita sem “H”, já que o restaurante e seu proprietário utilizam a palavra com a letra abolida na reforma ortográfica de 1943. Para não causar confusão, usamos uma única forma.
> Essa pauta foi dica de Juliano de Medeiros.
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