Fanpage brasileira é especializada no futebol da… Coreia do Norte!
A fanpage Futebol na Coreia do Norte é especializada no país mais isolado do mundo
O mundo pouco sabe sobre a Coreia do Norte, o país mais isolado do planeta. Quanto mais sobre seu futebol, nº 115 no ranking da Fifa em abril de 2017. Pois uma fanpage do Brasil tem como missão divulgar o futebol norte-coreano. Mais alternativo que isso, impossível!
A fanpage “Futebol na Coreia do Norte” é mantida por Lenan Menezes da Cunha, estudante de Jornalismo de Maricá (RJ). Admirador do regime norte-coreano, desde jovem ele lê sobre o país asiático, e a partir de 2014 passou a escrever sobre a seleção e os clubes locais.
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“Consigo informações em sites da Coreia do Norte e, nas competições internacionais, nos sites da Fifa e da Confederação Asiática de Futebol (AFC, na sigla em inglês). Alguns colaboradores mais próximos do país também me ajudam”, conta o universitário, de 18 anos.
Que Lenan tenha conhecimento, no mundo só existe uma outra página estrangeira sobre o futebol norte-coreano: a DPR Korea Football, tocada por um russo. Não à toa, a fanpage brasileira conseguiu moral. “A embaixada da Coreia do Norte no Brasil mantém bons contatos comigo”, comemora.
Como tudo começou
O interesse do jovem pelo futebol da Coreia do Norte surgiu pouco antes da Copa do Mundo de 2010. Aquela era a segunda participação do país no torneio – em 1966, eliminou a Itália, uma das maiores zebras da história, mas parou nas quartas-de-final diante de Portugal de Eusébio.
A Coreia do Norte não teve o mesmo desempenho na África do Sul, perdendo os três jogos da fase de grupos, para Brasil, Costa do Marfim e Portugal – incluindo uma goleada de 7 a 0 para os portugueses. A campanha desastrosa, porém, não arrefeceu a curiosidade de Lenan.
Futebol com peculiaridades
O futebol norte-coreano tem peculiaridades que se assemelham à política do país, remanescente do bloco socialista. Por exemplo, os clubes das três divisões recebem bolsas do governo em valores iguais para as disputas, exceto o campeão e o vice, que ganham um extra para a temporada seguinte.
“A liga é bastante confusa de se entender. É baseada em torneios diferentes com importâncias diferentes, disputados em meses diferentes”, aponta Lenan. É uma participação estritamente local, já que desde 1991 os clubes norte-coreanos não concorrem em competições asiáticas.
Se os times são isolados, o mesmo não acontece com as seleções do país. “A equipe masculina é comandada pelo norueguês Jorn Andersen desde a queda nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, e agora vai disputar as Eliminatórias para a Copa da Ásia”, indica.
“A liga é bastante confusa de se entender. É baseada em torneios diferentes com importâncias diferentes, disputados em meses diferentes”. (Lenan Menezes da Cunha)
Os grandes jogos da seleção são realizados no Primeiro de Maio Rungrado, na capital Pyongyang, um estádio colossal com 150 mil lugares, o maior do mundo. Como dificilmente enche e seu custo de operação é caro, geralmente as partidas acontecem no Kim Il Sung, com 50 mil lugares.
Num desses jogos que o “Futebol na Coreia do Norte” acompanhou à distância, um lance postado pela fanpage rodou o mundo. Na Copa da Ásia Sub-16 de 2016, a seleção entregou um jogo para escolher o adversário na fase seguinte, de uma forma bizarra que repercutiu bastante.
O goleiro coreano fingiu uma queda e deixou o chutão do goleiro do Uzbequistão balançar as redes. A seleção acabou multada, e o goleiro e o técnico suspensos. O vídeo postado pela fanpage virou viral. “Até hoje não consigo acreditar que vi aquilo ao vivo”, relembra Lenan.
Vídeo da fanpage que virou um viral:
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História da Coreia
A Coreia do Norte, oficialmente República Popular Democrática da Coreia, é um Estado unipartidário socialista governado por ditadura hereditária liderada atualmente por Kim Jong-un, neto e filho dos outros dois políticos que já comandaram o país com mão de ferro.
A nação foi criada em 1945, ao fim da 2ª Guerra. Com a derrota do Japão, que anexara o Império Coreano em 1905, a península foi dividida por EUA e URSS em dois países. A luta pela soberania na península levou à guerra entre as Coreias em 1950, e a trégua foi assinada em 1953. Em 2013, a Coreia do Norte suspendeu o armistício, para marcar seus testes nucleares.
Com a posse de Donald Trump em 2017, os Estados Unidos subiram o tom da reprovação à corrida armamentista do regime norte-coreano, aumentando a tensão quanto a um possível conflito nuclear na região.
Lenan, simpatizante da Coreia do Norte, não compra o discurso americano. “Não acredito em vilão ou mocinho em histórias de vida real, mas me parece impossível defender posturas imperialistas dos Estados Unidos contra países pelo mundo, incluindo a Coreia, dividida em duas partes por seus interesses e não pelo dos coreanos daquela época”, analisa.
“Me parece impossível defender posturas imperialistas dos Estados Unidos contra países pelo mundo, incluindo a Coreia, dividida em duas partes por seus interesses”.
O poder nuclear da Coreia do Norte, tão atacado pelas Nações Unidas, tem evitado a invasão. “Se o governo dos Estados Unidos um dia resolver pisar em solo norte-coreano, terá cometido um erro que irá afetar todo o mundo, independente da ‘vitória’ de quem for”, opina.
Essa relação com a Coreia causa curiosidade entre os familiares de Lenan. “Nunca me preocupei sobre o que os outros pensam dos meus gostos”, comenta. “Creio que farei minha primeira viagem ao país em 2018”, adianta. Quando esse dia chegar, a fanpage vai ganhar muitas histórias para contar.
Conheça o estádio Primeiro de Maio Rungrado:
Serviço:
> Esta pauta foi dica de Diego Lage.
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