Ivens Dias Branco fez pegadinha com torcedor do Ceará
Não é à toa que o padeiro se tornou um dos homens mais ricos do mundo. Mostrou ele em pegadinha
Vou me permitir a escrever em primeira pessoa sobre a morte de Ivens Dias Branco, nesta sexta-feira (24). Não por ter intimidade com ele ou com sua família, mas por um episódio de futebol que me marcou.
Para quem não o conhece, esse cearense de 81 anos tornou sua pequena padaria na maior empresa de massas e biscoitos da América Latina, em meio século de muito trabalho. Fez fortuna de R$ 10 bilhões, entrou para a lista da Forbes e virou o 10º homem mais rico do Brasil.
Em 2014, tive a oportunidade de entrevistá-lo, para um documentário e um hotsite parte do projeto Tribuna de Honra, do portal Tribuna do Ceará. Na ocasião, Ivens topou fazer uma pegadinha por telefone com um fanático torcedor do Ceará, com que trabalhei no jornal O Povo anos atrás.
Na casa de Pedro Germano Silva, de 74 anos, não entram produtos da Fábrica Fortaleza, ativo mais antigo da gigante M. Dias Branco. É proibida qualquer referência ao nome do time arquirrival. “Moro na Capital do Ceará”, indica o jornalista.
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Será que Ivens conseguiria mudá-lo de ideia (ao menos quanto aos produtos)? A pedido, o empresário resolveu tentar.
Surpreendido com o telefonema, Pedro Germano tomou um susto. “Foi engraçado”, admitiu depois o torcedor, que recusou a oferta de produtos da empresa. “Agradeço a ligação, mas Fábrica Fortaleza não entra lá em casa”, salientou.
Ivens não se deu por vencido. Em 5 minutos, insistiu várias vezes de que a empresa não tem relação com o time do Fortaleza. Quando viu que não haveria jeito de convencê-lo, lembrou uma alternativa. “A gente tem um produto chamado Ceará, fabricado pela Santa Lúcia”, argumentou. “Esse aí sim!”, reagiu Germano…
Não é à toa que o padeiro se tornou um dos homens mais ricos do mundo. É preciso ter paciência para tentar convencer um torcedor apaixonado a deixar de lado a paixão. Característica de quem é vendedor nato como Ivens.
Veja parte da conversa:
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