Alfie Lund, inglês de 16 anos, tem uma bonita história que merece ser compartilhada. Sua família, quando descobriu que o garoto possui a Síndrome de Duplicação MECP2, iniciou uma grande jornada de divulgação da doença e, como apoio, já recebeu quase 3 mil cachecóis de times de futebol do mundo todo.

Essa síndrome, que acomete sete pessoas no Reino Unido, é uma doença rara causada pela duplicação de DNA na região Xq28. A condição causa atraso no desenvolvimento motor e uma vida com limitações.

Diante do enorme desafio, o pai Mark e o irmão Cam tiveram uma ideia: fazer uma campanha de conscientização e arrecadação de fundos para o tratamento coletando cachecóis de futebol. O que começou como uma iniciativa local se transformou em algo internacional.

“Os clubes responderam em massa, e o boca a boca foi essencial para que tantas pessoas participassem. Chegamos a receber encomendas três vezes por dia”, conta Mark Lund.

“Chegamos a receber encomendas três vezes por dia”. (Mark Lund)

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Quarto tomado de cachecóis

Até o momento desta entrevista, Alfie Lund já recebeu 2.962 cachecóis, dos países mais variados – até de Islândia e Togo. A casa da família em Burscough, em West Lancashire, no Reino Unido, ficou tomada deles.

Entre os itens da coleção, duas peças se destacam: o cachecol do Duisburg, equipe alemã que Alfie é fã, e outro personalizado com o rosto do garoto, feito pelo artista húngaro Gabor Toth.

Dois seguidores de Alfie são os principais contribuidores para a coleção. Marius Eversman, amigo da família, torcedor do Bayer Leverkusen, doou vários cachecóis da equipe, assim como Guanpeng Wang, chinês que mora no Canadá.

Paixão por futebol

O inglês é apaixonado pelo Wigan, mas não consegue comparecer aos jogos por conta do barulho. A família encontrou uma alternativa para levá-lo aos estádios: ele agora acompanha divisões inferiores.

“Alfie não consegue andar nem falar, mas ama futebol”, garante Mark. A decoração do quarto dele deixa isso claro.

Serviço:

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> Reportagem produzida por Yuri de Melo, com edição de Rafael Luis Azevedo, do Verminosos por Futebol.

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