“Olé, Olé, Olé” nasceu com Real Sociedad
Se agora Barça e Real dividem a soberania, no início dos anos 1980 eram os times do País Basco
O canto de “Olé, Olé, Olé” se tornou presente em estádios do mundo todo. Quem nunca o ouviu numa arquibancada, entoando a alegria da vitória ou ritmando a troca de passes de seu time? Essa popularidade foi conquistada rapidamente, pois seu uso no futebol virou tradição há somente três décadas. Na mesma Espanha que, atualmente, é símbolo do jogo bonito.
Se agora Barcelona e Real Madrid dividem a soberania, no início da década de 1980 eram os times do País Basco que dominavam os campos espanhóis. A Real Sociedad foi bicampeã na temporada 1981/82. No velho estádio de Atocha, ecoou o grito de “Campeones, Campeones, Hobe, Hobe, Hobe”. (“Nós somos campeões”, em português). Aquele festejo entrou para a história.
O jornal La Vanguardia, de Barcelona, identificou a conquista adaptando o euskera “Hobe” para o castelhano “Olé”, uma interjeição habitual em praças de touros. A partir dali, a expressão que eventualmente aparecia em estádios se tornou corriqueira, inclusive quando nas temporadas seguintes, 1982/83 e 1983/84, o rival basco Athletic Bilbao foi campeão.
“Campeones, Campeones, Hobe, Hobe, Hobe”. (Canto da torcida da Real Sociedad)
Sua expansão nunca seria global, porém, se não fosse o produtor musical belga Roland Verlooven. Contratado para criar um tema para o título do Anderlecht na Bélgica, ele lembrou de uma visita a San Sebastian acompanhando seu time, o KS Loveren. Os gritos de “Hobe, Hobe, Hobe” haviam sido marcantes.
Nascia assim a primeira versão comercial de “Olé, Olé, Olé”, na voz do belga Grand Jojo. O disco “Anderlecht Champions” foi um sucesso no verão de 1985. Em seguida, a Copa de 1986 tornou o coro conhecido mundialmente, com a adaptação da música no disco “E Viva México”, homenagem da dupla aos donos da casa.
Depois o canto reapareceu em diversas versões, sendo as mais famosas das bandas The Fans (The Name of the Game, de 1987) e Chumbawamba (Top of The World, de 1998). A música virou um símbolo esportivo, e não apenas do futebol, sendo entoada por torcedores de várias modalidades. Foi uma contribuição do mais popular dos esportes para a festa de todas as arquibancadas.
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