Quais torcidas são mais fieis: as de clubes do Brasil ou da Argentina? O senso comum, entre torcedores dos dois países, é de que os argentinos são mais festivos e presentes nas arquibancadas. Pois este estudo joga dúvidas.

O Verminosos por Futebol investigou as médias de público da 1ª divisão dos dois países, nas últimas seis décadas e meia. Foram contemplados, nesta pesquisa, os torneios Taça Brasil (1959/1968), Robertão (1967/1970) e Série A do Campeonato Brasileiro (1971 a 2024); e Nacional A (1959/2024) e Metropolitano (1967/1984), dos hermanos.

O levantamento é do pesquisador João Ricardo de Oliveira, especialista em rankings de público de futebol, que estuda o tema desde 1989. Parceiro do Verminosos por Futebol, ele se debruçou sobre os dados de público pagante dessas competições.

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Flamengo e Corinthians batem Boca e River

A estatística aponta que Flamengo e Corinthians, os campeões de público no futebol brasileiro, respectivamente com 31 mil e 27 mil torcedores pagantes por jogo, superam com sobras Boca Juniors (25 mil) e River Plate (24 mil), as principais forças argentinas.

A 3ª maior marca no futebol da Argentina, do Racing, com 16 mil, é inferior às 13 maiores médias do Brasil. O Nacional de Manaus, 15º com 15 mil, só levou menos gente que as três maiores médias no futebol argentino.

O comparativo inédito aponta que os grandes brasileiros têm torcidas mais presentes que os grandes argentinos; assim como também no retrato entre os médios e entre os pequenos. A 30ª maior marca brasileira, do Figueirense, é três vezes maior que a do 30º argentino, o Deportivo Espanõl: 9 mil x 3 mil.

Brasileiros levam a melhor sobre argentinos

No geral, os campeonatos de 1ª divisão no Brasil registraram um total de 306 milhões de torcedores pagantes em 20,3 mil jogos, com média de 15 mil, enquanto na Argentina foram 386 milhões em 28 mil partidas, com média de 13,7 mil.

“Acredito que a grande diferença de tamanho de população entre as cidades dos países pode ter influência, assim como as crises econômicas da Argentina, a capacidade dos estádios e a fórmula de disputa das competições. A concentração da população, sobretudo na Grande Buenos Aires, e a polarização de Boca e River nas conquistas, também são fatos a se salientar”, analisa João Ricardo de Oliveira.

“Acredito que a grande diferença de tamanho de população entre as cidades dos países pode ter influência. A concentração da população, sobretudo na Grande Buenos Aires, e a polarização de Boca e River nas conquistas, também são fatos a se salientar”. (João Ricardo de Oliveira, pesquisador de rankings de público)

Quem faz melhores festas ou é mais apaixonado é uma avaliação subjetiva. Já os números de catraca girada, bem, não têm contestação. Veja o comparativo abaixo.

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