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Presidente do Palmeiras tem mil porcos

O maior defensor do Porco se tornou, por ironia, o presidente do Palmeiras: Paulo Nobre

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Paulo Nobre coleciona porcos desde 1987 (Foto: Marcelo Prado/GE.com)

O porco já foi apelido pejorativo do Palmeiras. O próprio time tratou de incorporá-lo, em 1986, para driblar as gozações. Hoje, virou um símbolo alviverde mais forte que o periquito. E o maior defensor do mascote se tornou, por ironia, o presidente do clube: Paulo Nobre, eleito em janeiro.

O advogado, de 44 anos, possui em casa uma sala batizada pelos amigos como “Museu dos Porcos”. São cerca de mil peças diversas no formato do animal: canecas, xícaras, jarras, chaveiros, cofres, sabonetes e até panelas. Quando completou 40 anos, ele ganhou um bolo-porquinho. Nunca foi fatiado e acabou no freezer.

A inusitada coleção começou um ano depois da adoção do mascote. O porco nº 1 foi presente de uma antiga namorada. O objeto, feito de metal, tornou-se um amuleto. “Levo ele a todas as finais, desde os 4 a 0 sobre o Corinthians no Paulistão de 1993”, resgata Paulo. Provocação devolvida, é claro que o porquinho ganhou o nome de… Viola.

Hoje em dia, Paulo já nem precisa comprar novos itens. Quer agradá-lo, é só dar um porquinho de recordação. “Em cada aniversário, ganho 20 ou 30. Muitos amigos, que já me presentearam várias vezes, possuem coleções próprias dentro da minha coleção”, surpreende-se.

“Viajei para diversos lugares do mundo por conta das corridas de rali e, sempre que via um porco diferente, comprava”. (Paulo Nobre)

Um dos porcos o dirigente carrega na pele: é a tatuagem de um porquinho com os braços cruzados. Loucura que remete aos tempos em que foi integrante da Inferno Verde, torcida organizada precursora da Mancha Verde. O desenho fica escondido sob os ternos, mas o ar povão está invariavelmente presente nas suas gravatas com figuras de porco. “Tenho umas 30”, descreve.

Paulo Nobre é um torcedor de arquibancada que escalou o degrau mais alto da política do Palmeiras. Em 1975, ele deu entrevista em jornal dizendo que um dia faria gols para o clube. Em 1993, virou sócio. Em 1997, tornou-se conselheiro. Em 2013, enfim presidente. Se seus porquinhos falassem, se encheriam de orgulho.

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Aos 6 anos, Paulo Nobre deu entrevista para o jornal Gazeta Esportiva falando de sua paixão pelo Palmeiras. No centro, a tatuagem de porco na perna direita. Piloto de rali, ele é conhecido nas pistas como Palmeirinha (Fotos: Divulgação)

6 respostas para “Presidente do Palmeiras tem mil porcos”

  1. O Paulo é realmente Nobre, e é palmeirense de verdade. É triste que ele não tenha conseguido resolver os problemas internos do seu clube do coração, tendo que “doar” dinheiro do seu próprio bolso, inclusive, mas torço por um revés milagroso como as defesas de São Marcos nas Libertas de 99 e 2009, na sua gestão. Ele merece. E seus infinitos porquinhos, também.

  2. Interessante a coleção do novo presidente do Palmeiras! E o cavanhaque verde?
    Genial! Este é palmeirense doente! Este dias que entendi o termo doente, que vem de “tiffosi”, como os torcedores são chamados na Itália, que seria que teriam contraído tifo, portanto doentes. O fato do presidente do Palmeiras ser tão doente, como mostra também a tatuagem – aliás as imagens ilustrativas do post estão geniais! – pois bem, isto redime o fato dele não ter visto a goleada para o Mirassol – só soube no dia seguinte, como revelou em entrevista.

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