2013 reserva um motivo especial para os argentinos terem atenção ao futebol brasileiro. Mais precisamente ao estado de Sergipe, onde ocorrerá um duelo genérico entre Boca Juniors e River Plate. Após seis anos de espera que parecia não ter fim, o clássico será realizado pela primeira vez.

O Boca Junior (registrado sem “S”) é mais antigo. Foi fundado em 1993, em Cristinápolis, inspirado no gigante argentino. O uniforme é azul, com a mesma faixa amarela no peito.

Em 2007, o compositor Beto Caju decidiu criar um time. Ele entrou em acordo com o São Cristóvão, de Carmópolis, fundado em 1967, e o rebatizou de River Plate. Uniforme branco e faixa diagonal vermelha, claro. A ideia era movimentar o futebol sergipano com o clássico argentino alternativo.

Faltou combinar com o destino. Nunca os times conseguiram se encontrar no estadual. Quando um estava na 1ª divisão, o outro disputava a 2ª. Em 2007 e 2009, os rivais brigavam pelo acesso à elite, mas em grupos diferentes. Como as duas cidades estão a distância de 146 quilômetros, nem mesmo um amistoso foi possível até hoje.

O sonho será realizado na próxima temporada. E graças ao acaso. Nos últimos anos, o River Plate alcançou o topo do futebol local, com o bicampeonato em 2010 e 2011. Enquanto isso, o rival amargava a 2ª divisão desde 2009. Terceiro colocado este ano, o Boca Junior, agora baseado em Estância, alcançou o acesso diante da desistência do São Domingos.

“O jornal Olé quer nos visitar para mostrar esse clássico”, comemora o presidente do Boca Junior, Gilson Behar. O duelo, pela quinta rodada da segunda fase, está previsto para 3 de março. Dia histórico em que a Argentina, que não costuma dar bola ao futebol do Brasil, estará de olho no nosso menor estado.

O jornal Olé quer nos visitar para mostrar esse clássico”.
Gilson Behar, presidente do Boca Junior de Sergipe.

Perfil dos clubes