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Torcedor tem mais de 500 camisas do Marília, talvez a maior coleção do clube

Wilson Jinno virou referência para torcedores do Marília e inclusive para o próprio clube

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O dentista Wilson Jinno tem camisas desde os anos 50 (Foto: Acervo pessoal)
O dentista Wilson Jinno tem camisas do Marília desde os anos 50 (Foto: Acervo pessoal)

Quando alguém quer informações sobre uma camisa do Marília Atlético Clube, como por exemplo o ano em que foi usada, ninguém melhor para responder do que Wilson Jinno. O torcedor já virou referência, entre a torcida e o próprio clube. Também, pudera. O cara tem mais de 500 camisas do time, possivelmente a maior coleção do Marília.

“Faço parte de alguns grupos de torcedores no Whatsapp, e quando a galera tem dúvida sobre camisas e ano, sempre que possível esclareço com as imagens das camisas”, conta o dentista de 39 anos, morador de São Caetano do Sul (SP).

Início da torcida

Wilson nasceu em Marília (SP), e se tornou torcedor do time da cidade no fim da adolescência, na esteira da boa fase do clube no início dos anos 2000. A primeira camisa veio em 2003. Já a coleção de camisas começou, pra valer, em 2012.

“Foi meio do nada. Já tinha algumas camisas. Tive um sentimento de que, com a coleção, eu poderia contar a história do clube em forma de camisas”, relembra.

E que história vem sendo contada! A camisa mais antiga do acervo é dos anos 50, bem do início da trajetória do Marília.

“Minha coleção serve como referência tanto para os torcedores quanto para o clube”, gaba-se. Não é à toa. Um acervo com 500 camisas de um mesmo time é um verdadeiro museu em casa.

Confira abaixo entrevista com Wilson Jinno.

A camisa mais antiga da coleção é dos anos 50 (Foto: Acervo pessoal)
A camisa mais antiga da coleção é dos anos 50, ainda em vermelho (Foto: Acervo pessoal)

“Tive um sentimento de que, com a coleção, eu poderia contar a história do clube”

Verminosos por FutebolVocê tem quantas camisas do Marília?
Wilson Jinno – Eu tenho mais de 500 camisas do Marília. Coleciono camisas de jogo, treino, viagem, comemorativa. Tenho alguns agasalhos também. Todas as camisas que o clube lança eu já as adquiro, assim contribuo com o time. Eu não tenho conhecimento, mas acredito que a minha coleção seja a maior. Faço parte de alguns grupos de torcedores no Whatsapp, e quando a galera tem dúvida sobre camisas e ano, sempre que possível esclareço com as imagens das camisas.

VerminososQuando foi a primeira camisa do Marília que você comprou ou ganhou? E quando percebeu que tinha virado um colecionador?
Wilson – Desde pequeno torcia para um grande clube da capital de São Paulo. Em 2002, já morando em São Paulo, passou um jogo na RedeTV, Marília x Francana, final da A2 do Paulista. Vi aquele jogo, estádio lotado, o time da minha cidade, e desde então passei a torcer pelo Marília, virei a casaca. A primeira camisa que comprei foi em 2003, tinha acabado de terminar o colegial, num passeio à casa dos meus avós em Marília. Comecei a colecionar em 2012, foi meio do nada. Já tinha algumas camisas. Tive um sentimento de que, com a coleção, eu poderia contar a história do clube em forma de camisas.

VerminososQual a camisa mais antiga da coleção? E qual a mais histórica?
Wilson – A camisa mais antiga, rara e valiosa que tenho é uma da década de 1950. Pra contextualizar essa camisa vou contar um pouco a história do clube.

O Marília Atlético Clube foi fundado em abril de 1942, ainda como Esporte Clube Comercial, tendo a cor vermelha. A partir de 11 de julho de 1947, o clube passou a se chamar Marília Atlético Clube, adotando o azul celeste e branco. O clube se tornou profissional em 1953.

Já a camisa histórica é uma que não foi usada em jogo, porém é idêntica à de jogo, só que toda bordada com fios de ouro e os patrocínios dourados, comemorando o título da Série A2 do Paulista de 2002 e o acesso à Série B do Campeonato Brasileiro. Foi uma edição limitada com apenas 10 unidades.

  • Wilson Jinno tem uma camisa que contou com tiragem de apenas 10 unidades (Foto: Acervo pessoal)
  • Wilson Jinno tem uma camisa que contou com tiragem de apenas 10 unidades (Foto: Acervo pessoal)

VerminososVocê costuma vestir as camisas?
Wilson – Não costumo usar as camisas, para evitar de rasgar, e também porque não cabem em mim. Tenho duas ou três pra sair, ir ao shopping e em jogos do Marília.

VerminososComo faz pra conseguir as camisas?
Wilson – As camisas consigo através da internet, na loja oficial do clube e por amigos colecionadores. As camisas mais icônicas vieram de amigos colecionadores.

VerminososVocê já fez loucuras pra conseguir alguma dessas camisas?
Wilson – Eu não costumo assistir jogos em Marília, mas teve uma vez, indo ao estádio, que vi um morador de rua no semáforo com uma camisa rara do ano de 1998. Parei o carro e fui conversar com o rapaz… Ele queria a minha camisa em troca, como eu não tinha outra camisa, sugeri a ele um dinheiro em troca, o que prontamente aceitou. Saldo da negociação, os dois ficaram felizes!

“As camisas mais icônicas vieram de amigos colecionadores”. (Wilson Jinno)

VerminososO que os torcedores do Marília costumam dizer quando presenciam a coleção?
Wilson – Minha coleção de camisas do Marília serve como referência tanto para os torcedores quanto para o clube. Em 2020, tive a oportunidade de apresentar algumas camisas numa live solidária que o clube promoveu.

VerminososPor que o Marília chegou ao ponto em que está? Acredita que o time ainda conseguirá campanhas de destaque em competições nacionais?
Wilson – O Marília já esteve pior. Tivemos diretorias com gestões temerárias. Em 2015, no Paulistão, tivemos a pior campanha do campeonato, até a queda para a 4ª divisão do Paulista em 2018. Disputamos a 4ª divisão de 2019 com a atual diretora, quando conseguimos o acesso para a A3, onde permanecemos até o momento. Nesse período, fomos duas vezes vice-campeão da Copa Paulista e asseguramos vaga para a inédita participação na Copa do Brasil. Acredito que, com o empenho da diretora, dos torcedores e da cidade, o time volte a ter as glórias do passado.

Mapa de cidades onde Wilson Jinno já viu jogos do Marília:

> Wilson Jinno, de 39 anos, é dentista, nascido em Marília e mora em São Caetano do Sul.

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