O que tem pra ver na sede do Madureira, do Rio de Janeiro? Fomos lá fazer um passeio
Nosso leitor Jorginho O Lendário fez um passeio pela sede do Madureira, no subúrbio carioca
Por Jorginho O Lendário
Madureira! Nome que tem origem na língua portuguesa e que quer dizer “família”, “pessoas que vivem em uma mesma casa”. Porém, raríssimos são os que conhecem o significado deste nome que, advindo de um antigo arrendatário de nome Lourenço Madureira, acabou por denominar o bairro que hoje é conhecido como “Coração da Zona Norte”, “Capital do Subúrbio” ou ainda “Berço do Samba”.
Seria injusto, porém, que um bairro tão tradicional, sede do maior mercado popular do país (o famoso “Mercadão de Madureira”) e de uma escola de samba que é a 4ª maior campeã do carnaval carioca (a Império Serrano, com 9 títulos), não tivesse um clube de futebol.
Para o bem do subúrbio carioca, tal injustiça não ocorreu: após um histórico de fusões surgiria o Madureira Esporte Clube, com a última fusão ocorrida em 1971. Porém, a título histórico e para efeito de registro em federações, prevaleceu o ano de 1914, pertencente ao extinto Fidalgo Madureira. O então novo clube adotou as cores azul, amarela e grená e, desde então, passou a ser conhecido como “Tricolor Suburbano”.
Fusões do Madureira:
> Fidalgo Madureira + Magno Football Club = Madureira Atlético Clube – Fusão ocorrida em 16/2/1933, herdando a data de 8/8/1914.
> Madureira Tênis Clube + Madureira Atlético Clube + Imperial Basquete Clube = Madureira Esporte Clube – Fusão definitiva em 12/10/1971, herdando a data de 8/8/1914.
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Clube simpático
O Madureira (também conhecido pelo acrônimo MEC) é considerado um dos clubes mais simpáticos do futebol do Rio de Janeiro. Duas vezes vice-campeão estadual (1936 e 2006), o time cuja mascote é o famoso personagem da Disney “Zé Carioca” (uma personificação caricata do “malandro carioca”) tem como casa o estádio Aniceto Moscoso, popularmente conhecido como Conselheiro Galvão, nome da rua que abriga a sede.
O alçapão do Madureira foi inaugurado em 15/6/1941, em partida que terminou com vitória por 4 a 2 contra o também tricolor Fluminense. Aliás, foi também em um jogo contra o clube das Laranjeiras que o estádio suburbano recebeu seu maior público: em 10/9/1944, 11.714 pessoas estiveram presentes para ver, desta vez, o triunfo do “clube pó-de-arroz” por 3 a 1. Atualmente, o estádio comporta 5.014 pessoas.
Aberto a visitas
Se você, amante do chamado futebol alternativo, acaso tiver o interesse de fazer uma visita à casa do Tricolor Suburbano, saiba que o clube mantém sua sede aberta à visitação de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h; aos sábados o time somente abre suas portas quando há jogos em seu estádio, e nos mesmos horários já citados. Da mesma forma funciona a boutique do clube, onde se podem comprar camisas, shorts, meiões, dentre outros artigos do querido Madura, sejam estes atuais ou pertencentes a outras temporadas.
A sede, embora acanhada, oferece a oportunidade de se ver um mural com várias fotos de diferentes temporadas do clube, e possui um bar (“O Cantinho do Madureira”) com quadros expondo alguns de seus maiores ídolos. Os sócios do clube podem desfrutar de três piscinas, dois ginásios, academia de ginástica, salão de beleza e sala de dança.
Madureira é um bairro pertencente à Zona Norte do Rio de Janeiro, portanto, bem longe de locais mais conhecidos da cidade como, por exemplo, a Copacabana “Princesinha do Mar” (quase 30 km, que podem resultar em 25 min de carro, cerca de 45 min de trem ou, no mínimo, 1h15 de ônibus). A partir da Barra da Tijuca, bairro de classe alta do Rio, leva-se cerca de 20 min de carro ou 40 min de ônibus para que se possa transpor os cerca de 15 km de distância.
Há vários caminhos que levam até a Rua Conselheiro Galvão, 130, Madureira. O pequeno clube que, entre outros, revelou gigantes da magnitude de Evaristo de Macedo, Didi e Marcelinho Carioca, tem muitas histórias para contar, provando que o futebol carioca não se resume apenas a Fluminense, Flamengo, Vasco, Botafogo ou mesmo, também, a América e Bangu. E como diz uma estrofe do hino de autoria do lendário Lamartine Babo: “Daremos pujança ao esporte do Brasil”!
Veja mais fotos do passeio ao Madureira:
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A sede do Madureira abre de segunda a sexta (Foto: Jorginho O Lendário/Verminosos por Futebol)
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A sede do Madureira abre de segunda a sexta (Foto: Jorginho O Lendário/Verminosos por Futebol)
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A sede do Madureira abre de segunda a sexta (Foto: Jorginho O Lendário/Verminosos por Futebol)
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A sede do Madureira abre de segunda a sexta (Foto: Jorginho O Lendário/Verminosos por Futebol)
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A sede do Madureira abre de segunda a sexta (Foto: Jorginho O Lendário/Verminosos por Futebol)
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A sede do Madureira abre de segunda a sexta (Foto: Jorginho O Lendário/Verminosos por Futebol)
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A sede do Madureira abre de segunda a sexta (Foto: Jorginho O Lendário/Verminosos por Futebol)
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A sede do Madureira abre de segunda a sexta (Foto: Jorginho O Lendário/Verminosos por Futebol)
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A sede do Madureira abre de segunda a sexta (Foto: Jorginho O Lendário/Verminosos por Futebol)
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A sede do Madureira abre de segunda a sexta (Foto: Jorginho O Lendário/Verminosos por Futebol)
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A sede do Madureira abre de segunda a sexta (Foto: Jorginho O Lendário/Verminosos por Futebol)
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A sede do Madureira abre de segunda a sexta (Foto: Jorginho O Lendário/Verminosos por Futebol)
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A sede do Madureira abre de segunda a sexta (Foto: Jorginho O Lendário/Verminosos por Futebol)
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A sede do Madureira abre de segunda a sexta (Foto: Jorginho O Lendário/Verminosos por Futebol)
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A sede do Madureira abre de segunda a sexta (Foto: Jorginho O Lendário/Verminosos por Futebol)
(Se a galeria de imagens acima não abrir, dê um refresh na página.)
> Jorge Rodrigues Gomes Neto, de 40 anos, mais conhecido como Jorginho O Lendário, é técnico administrativo da Casa da Moeda do Brasil, no Rio de Janeiro. Formado em Letras Português/Espanhol pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ele já foi tema de duas matérias do Verminosos por Futebol, por ter a curiosa mania de disputar um campeonato de futebol de botão contra ele mesmo, jogando com centenas de times e seleções diferentes, e por vestir camisas de futebol todos os dias, inclusive no trabalho, desde 2002.
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O problema que as camizetas de clubes, incluindo a do Madureira E. C. meu clube de coração no Rio, sao muito caras , para aposentadoss e pobres, em geral. Porque será ?