Um jogo a cada dois dias. Sempre in loco. Essa foi a maratona que um apaixonado por futebol viveu ao longo de 2023. Raphael Caminha assistiu a 173 partidas durante o ano. Em 60 estádios, de nove estados e mais o Distrito Federal.

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Privilégio de poucos

Para loucos por futebol, ter a oportunidade de viajar pelo Brasil para acompanhar jogos é um sonho. Nem todos têm esse privilégio. Foi o caso do carioca Raphael, de 30 anos, proprietário da loja esportiva Fanatismo, do Rio de Janeiro.

O vascaíno tinha esse desejo, mas a falta de tempo e dinheiro adiou a realização. Como dono do próprio negócio, ele pôde administrar as condições. “Inicialmente as viagens eram para acompanhar o Vasco, mas acabei aproveitando tudo que o futebol pode oferecer”.

Raphael viu jogos nos estados de Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Bahia e Ceará, além do Distrito Federal. Dos 60 estádios visitados, 40 ele ainda não conhecia.

Melhores e piores

Para o viajante, as melhores experiências foram no Couto Pereira, do Coritiba (pela “atmosfera”); Figueira de Melo, do São Cristóvão (clube do bairro onde mora); e Antônio Accioly, do Atlético-GO (“bem conservado e bonito”).

Já os piores, o Jair Toscano, em Angra dos Reis-RJ; Leão do Sul, em Barra Mansa-RJ; e José Liberatti, em Osasco-SP. Os dois primeiros, segundo ele, por falta de atrativos e dificuldade de acesso, enquanto o último por estar mal cuidado.

“O jogo mais marcante que presenciei foi Vila Nova x Atlético Goianiense, pela Série B. A emoção me marcou muito”, relembra Raphael, que banca todo o tour de futebol com recursos próprios.

“O jogo mais marcante que presenciei foi Vila Nova x Atlético Goianiense, pela Série B”. (Raphael Caminha)

Dificuldades envolvidas

Segundo o empresário, a maior dificuldade, junto com o aumento significativo das passagens aéreas nos últimos meses, foi a demora na divulgação da tabela por parte da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Esse atraso prejudicava o planejamento.

Para quem deseja embarcar numa aventura similar, Raphael sugere organização financeira e paciência na pesquisa de passagens e hospedagem. “Às vezes, é difícil acreditar que consegui realizar isso, mas tive coragem para tornar realidade”, reflete.

Apesar dos problemas enfrentados, o saldo foi positivo, e o empresário pretende realizar mais viagens de futebol. Acompanhar todos os jogos do Vasco é um plano. Ir a algumas rodadas dos campeonatos da Argentina e do Uruguai também é um desejo.

Até o momento desta entrevista ao Verminosos por Futebol, Raphael somava 519 jogos vistos, em 74 estádios de dois países (Brasil e Portugal). Como pegou gosto em 2023, esses números devem subir muito mais.

Serviço:

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> Reportagem produzida por Yuri de Melo, com edição de Rafael Luis Azevedo, do Verminosos por Futebol.

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